Médicos, enfermeiros e técnicos serão contratados de forma temporária para manter unidade de saúde aberta; solução para o hospital, que também não paga em dia, não foi discutida
A Prefeitura de Bariri apresentou uma solução para resolver o impasse da greve dos médicos no Pronto Socorro da Santa Casa de Bariri. Vai contratar médicos, enfermeiros e técnicos de forma temporária, até que se contrate uma nova organização social para administrar a unidade de saúde. Essa alternativa foi apresentada à Câmara de Vereadores, que votou em urgência nesta quinta-feira (8/03).
Com a aprovação do projeto de lei complementar, a Prefeitura cria funções temporárias de médico plantonista de Urgência e Emergência (18 vagas), enfermeiro padrão de Urgência e Emergência (08 vagas) e Técnico em Enfermagem de Urgência e Emergência (16 vagas). A medida se baseia em lei que permite essa contratação excepcional em caso de interesse público.
O Pronto Socorro está sem médicos (exceto um plantonista) desde quarta—feira. Os médicos fizeram greve por causa do atraso no pagamento de salários que já dura dois meses. Eles são contratos pela OS Vitale Saúde, que está sem contrato com a Prefeitura e impossibilitada de resolver devido à investigação da entidade por supostos desvios de verbas em hospital onde fazia a gestão em Campinas.
A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, esteve em Bariri hoje para protocolar o comunicado da greve a ser deflagrada no domingo e, depois, esteve na sessão acompanhando a votação dos vereadores. No fim, ela falou sobre o caso, temendo pelo futuro dos empregados do PS vinculados à Vitale. “Na conversa que tive com o secretário de Saúde de Bariri ele me informou que a nova organização social vai ter de priorizar os funcionários que já trabalham no pronto socorro”.
Edna vai acompanhar de perto toda movimentação da Prefeitura para contratar esses profissionais de forma emergencial. E posteriormente a licitação.
Em relação ao problema da Santa Casa, que também não consegue pagar os funcionários em dia e os funcionários deverão entrar em greve no domingo (11/03), a Prefeitura não se manifestou e nem apresentou uma solução. A Vitale é a “dona” da Santa Casa de Bariri e conta com recursos do SUS para manter o hospital.
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