- Assembleia de trabalhadores delibera pela permanência do estado de greve enquanto espera pelo pagamento em no próximo mês
- Salário de janeiro foi pago com 14 dias de atraso, evitando o início da greve na próxima sexta-feira
A assembléia realizada pelo Sindicato da Saúde de de Jaú e Região na noite de terça-feira (20/02) deliberou a data da greve na Santa Casa de Bariri caso ocorra novo atraso no pagamento de salários.
Reunidos na frente do hospital, funcionários referendaram o estado de greve e definiram para a meia-noite do dia 7 para o dia 8 de março o início da greve se não receberem os salários no quinto dia útil de março.
Como estado de greve, os trabalhadores podem iniciar a paralisação a qualquer momento caso ocorram novos atrasos. Neste mês, os trabalhadores receberam seus salários apenas no dia 20 de fevereiro, ou seja, 14 dias após o dia previsto em lei.
A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, e a diretoria Maria Ivanilde de Araújo Almeida coordenaram a assembléia, que contou com cerca de 50 pessoas. Os funcionários foram informados que o pagamento de janeiro tinha sido pago neste dia 20, portanto, a greve não será deflagrada neste mês.
Durante a assembléia, Edna explicou que a Organização Social Vitale Saúde, que administra a Santa Casa, vai entregar a escala de trabalho para que o sindicato prepare a escala de uma eventual greve, respeitando o mínimo de 30% de funcionários em cada setor.
Em fevereiro foi o terceiro mês seguido de atraso de pagamento na Santa Casa de Bariri. A Vitale diz que depende do repasse do SUS, via Prefeitura, para fazer o pagamento – e o repasse sempre ocorre após o dia 15 do mês. Sem caixa para pagar os trabalhadores em dia, a Vitale alega que está tentando viabilizar empréstimo bancário ou outra alternativa para regularizar a situação.
Vitale na mira da População
A atual diretoria da Santa Casa/Vitale será renovada em eleição até o dia 28 de fevereiro, uma vez que a posse ocorre em 1 de março. A eleição seria realizada no dia 19, mas a Vitale adiou por causa do protesto de funcionários e da população, que pede a saída da Vitale da Santa Casa.
A Vitale é alvo de investigação por supostos desvios de recursos em hospital de Campinas, onde também administra. Lá, a Prefeitura assumiu o hospital e deverá demitir os 1.500 funcionários. Novos funcionários serão contratados por meio de empresas terceirizadas.