O pagamento dos funcionários da Santa Casa de Bariri está atrasado pelo terceiro mês seguido. O Sindicato da Saúde de Jaú esteve no hospital na noite de quarta-feira para falar com a administração e com os funcionários. Na reunião com os gestores, os funcionários “deram mais um voto de confiança” e aceitaram esperar até o dia 16 de janeiro.
A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, informa que boa parte dos funcionários não estiveram na assembléia, por isso foi necessário percorrer os setores para falar com todos.
“O sindicato não teve muito o que fazer, já que os funcionários aceitaram esperar o prazo que o gestor da Santa Casa pediu”.
A administração da Santa Casa alega que precisa receber o repasse do SUS via Prefeitura de Bariri. Todo mês tem ocorrido atrasos como esse, desde novembro. Isso ocorre porque a Prefeitura não renovou o convênio com a Vitale e precisa de mês a mês a aprovação da Câmara.
Empréstimo bancário – Na reunião com o Sindicato da Saúde, a administração da Santa Casa disse que vai fazer um empréstimo bancário em março para normalizar os atrasos. O objetivo é ter um caixa para fazer o pagamento do salário, do FGTS, das férias e do décimo terceiro nos dias previstos em lei. Em caso de novo atraso no próximo mês o Sindicato vai tomar as providências legais.
FGTS – O depósito do FGTS não é feito desde outubro de 2017. A administração do hospital disse que está tentando resolver preferencialmente o caso de funcionários em fase de aposentadoria ou que precisam do recurso para pagar/quitar casa própria.
A Santa Casa pede que o funcionário que se encaixa nesses casos para entrar em c ontato com o departamento pessoal para tentar uma solução.
Ministério – A Santa Casa informou que assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público se comprometendo a legalizar os depósitos do FGTS em 120 dias. O MP está ciente dos sucessivos atrasos no pagamento de salários.
O problema na Santa Casa de Bariri vem desde o fim do ano passado, quando pessoas ligadas à Organização Social Vitale (gestora do hospital) passaram a ser investigadas pelo Ministério Público. Desde então muitos funcionários pediram demissão. E não foram feitas as contratações necessárias para reposição.