Os conselhos não são de hoje, mas não custa nada lembrar. O período de carnaval costuma ser propício para aumentar os riscos com a saúde. Os cuidados passam por hidratação adequada, evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, higiene na hora de se alimentar, o uso de preservativo para não contrair uma doença sexualmente transmissível e até aquela gravidez indesejada.
O médico infectologista da Santa Casa de Jahu, Daniel Marcio Elias de Oliveira, lembra que os hospitais costumam receber muitos pacientes que se envolvem em acidentes por dirigir depois de beber, sem contar aqueles que precisam ser internados devido a grande quantidade de álcool ingerida.
O doutor Daniel alerta que os casos de gastroenterites aparecem pela falta de higiene nas mãos em períodos como este onde há grande concentração de pessoas comendo e se divertindo. São inflamações que atacam o estômago e o intestino delgado, e provocam diarreia, vômitos e dor abdominal.
O foco maior fica para as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) contraídas principalmente pela falta do uso de preservativo, como HIV, sífilis, hepatites virais como a hepatite B, e o HPV. De acordo com o infectologista da Santa Casa várias destas doenças não tem cura, somente tratamento. Ele cita a sífilis que traz sérias consequências no futuro, inclusive demência. “Os jovens e adolescentes de hoje não viveram a época em que a AIDS matava em pouco tempo, não havia uma sobrevida maior, então eles não tem a cultura de usar o preservativo”, enfatiza o doutor Daniel Oliveira.
Outro problema a ser evitado, segundo ele, é a gravidez indesejada que vai afetar todo o planejamento de vida daqueles que vivem no carnaval um relacionamento passageiro.
Fotos: Luiz Carlos de Oliveira