Sindicato da Saúde de Jaú e Região vem a público esclarecer fatos políticos referentes à greve de quase um mês no Hospital Thereza Perlatti, de Jaú e informar a verdade sobre discussão de vereadores na Câmara no dia 5/01/2018
Diante da discussão ocorrida na sessão da Câmara de Vereadores de Jaú, quando a vereadora Vivian Soares assumiu para ela a “paternidade” da liberação dos recursos do governo do Estado de São Paulo para a Associação Hospitalar Thereza Perlatti, o Sindicato da Saúde de Jaú e Região vem a público esclarecer a verdade:
O único vereador que esteve o tempo todo ao lado dos grevistas, desde o início do movimento até o encerramento, foi João Pacheco do Amaral. Coube a ele a intermediação decisiva para que a Secretaria do Estado de Saúde liberasse uma parcela no dia 5 de janeiro e outra no dia 29 de janeiro (abaixo mais detalhes).
Um vereador solidário - João Pacheco se manifestou solidário aos grevistas ao longo dos 28 dias de paralisação. Além de fazer inúmeros contatos com o setor Financeiro da Secretaria de Saúde para pressionar e cobrar a liberação dos repasses, o vereador também mobilizou amigos para conseguir doação de alimentos aos grevistas que passavam fome. Também acompanhou o Sindicato da Saúde em reunião na Promotoria da Justiça. Esteve na tenda da greve mesmo nos feriados prolongados de Natal e Ano Novo, inclusive no período noturno.
O vereador João Pacheco sempre se empenhou em resolver o impasse do atraso no repasse e foi o porta-voz dos trabalhadores com a direção da AHTP e com a Secretaria de Saúde. Em nenhum momento o Sindicato da Saúde e os grevistas receberam manifestação de apoio de deputados estaduais ou federais. Ao nosso lado contamos apenas com o apoio da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo.
Demais em recesso - Em relação ao apoio de vereadores de Jaú, o Sindicato da Saúde solicitou a intermediação de vários deles, mas a resposta era de que estavam em recesso e nada poderiam fazer. Exceto João Pacheco do Amaral. A vereadora Vivian Soares, por sua vez, passou apenas uma vez na tenda dos grevistas, justamente no primeiro dia da greve, falou com a presidência do sindicato prometendo ajudar. Depois, se reuniu com a diretoria da AHTP a portas fechadas.
No dia que esteve com os grevistas Vivian Soares levou sua assessora para fazer fotos. Nunca mais voltou. Eis que de repente ela surge assumindo a “paternidade” da liberação dos recursos na sua página no Facebook e na sessão da Câmara, a qual foi desmentida por João Pacheco.
Em sua página a vereadora informa que pediu ajuda à AHTP ao deputado André Soares por meio de ofício. Ela publica pedido de informação sobre a situação dos repasses à Secretaria de Estado da Saúde, que respondeu no dia 15 de janeiro sobre a liberação dos repasses, ou seja, dez dias depois que o repasse já tinha sido feito.
Repasses em dia em janeiro - Conforme contato do Sindicato da Saúde neste dia 7/02, a AHTP esclarece que os repasses feitos pelo governo à instituição foram nas datas de 28 de dezembro de 2017, 5 e 29 de janeiro de 2018. Cada repasse no valor de R$ 332.000,00. Segundo a diretoria da AHTP, os repasses estavam previstos no convênio, mas estavam atrasados.
As datas previstas para liberação só foram divulgadas após telefonema de João Pacheco ao setor financeiro da Secretaria de Saúde. No dia 3 de janeiro de 2018, em reunião com a diretoria do hospital, onde o Sindicato da Saúde contou com o apoio do vereador João Pacheco do Amaral, coube ao vereador fazer a intermediação com o governo do Estado para garantir a liberação dos repasses.
Veja texto de reportagem sobre essa reunião: “No início da reunião ocorrida no meio da tarde a direção do hospital avisou que não tem dinheiro e nem como prever o pagamento do salário que vence no quinto dia útil de janeiro. O vereador João Pacheco ligou para a Secretaria de Saúde do Estado e, após muita insistência, conseguiu a informação de que o repasse de R$ 350 mil será feito no dia 5 de janeiro. E que outro repasse semelhante vai ocorrer até o fim do mês. Diante dessa previsão obtida pelo vereador, tudo indica que o salário seja pago em dia.”
Diante do exposto acima, o Sindicato da Saúde de Jaú esclarece a verdade sobre os apoios políticos à greve vitoriosa da categoria, conforme decisão do Tribunal Regional de Trabalho em Campinas no dia 16 de janeiro. Com a legitimidade da greve, o Hospital Thereza Perlatti foi obrigado a pagar os dias parados dos grevistas. No TRT, o hospital assumiu compromisso de pagar em dia os próximos salários. O que foi feito neste início de fevereiro, inclusive com três dias úteis de antecedência.
Edna Alves
Diretora Presidente
Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Jaú e Região