- Sindicato da Saúde faz proposta de negociação separada, uma vez que o sindicato patronal que representa o hospital quer acabar com várias conquistas dos trabalhadores
- Apesar da força da Santa Casa, ela conta com o sindicato patronal (Sindhosfil) na negociação, quer aumentar jornada do apoio e reduzir adicionais noturno e de insalubridade
A Santa Casa de Jaú está irredutível e não aceita fazer negociação individual com o Sindicato da Saúde de Jaú e Região. O hospital, apesar do seu tamanho e importância regional, não abre mão de ter o sindicato patronal na negociação. O objetivo da Santa Casa em deixar o Sindhosfil negociar com o sindicato dos trabalhadores é acabar com uma série de conquistas históricas da categoria.
Santa Casa tem apoio do sindicato dos patrões - Como não houve acordo na Mesa de Conciliação com o sindicato patronal dos hospitais filantrópicos no dia 30 de janeiro, no TRT de Campinas, a convenção coletiva de 2017 continua pendente. O Sindicato da Saúde tenta fechar acordos individuais com hospitais e Santas Casas da região.
A conversa com a Santa Casa de Jaú não evoluiu, o que dificulta resolver logo as pendências e garantir reajuste salarial e benefícios para o trabalhador da saúde. Demais hospitais da região ainda não se manifestaram.
Dissídio nos Tribunais - A presidente do Sindicato da Saúde de Jaú, Edna Alves, informa que não vai ceder na negociação com o sindicato patronal dos filantrópicos e que o dissídio vai acabar nos tribunais, sem prazo para julgamento. Assim, ela buscou a alternativa da negociação individual. A principal resistência é da Santa Casa de Jaú.
“O hospital conta com o apoio do sindicato patronal, por isso o funcionário da Santa Casa precisa estar com o sindicato dos trabalhadores. Até a Santa Casa, um grande hospital, tem sindicato para lutar contra os trabalhadores. O trabalhador tem o Sindicato da Saúde, que é o único que defende a categoria”, comenta Edna.
Reajuste parado desde julho/2017 - “O hospital que fechar o acordo individual já paga a diferença salarial retroativa a 1 de julho de 2017. Queira ou não essa diferença já chega a 18% e quanto mais passa mais a bola de neve cresce e fica difícil para o hospital pagar, comenta a dirigente. Segundo Edna, não dá para aceitar perdas para a categoria, por isso o objetivo é manter os benefícios e conseguir a reposição da inflação com um leve ganho salarial.