- Sindicato da Saúde participa de nova Mesa Redonda hoje (30/01) no TRT de Campinas e espera que patronal aceite contraproposta e feche Convenção Coletiva;
- Se não tiver acordo categoria vai ter de decidir em assembléia se aceita perder direitos ou se mobiliza por meio de protestos e paralisações
Caso não tenha acordo na nova Mesa de Conciliação a ser realizado nesta terça-feira (30/01) no TRT de Campinas, funcionários das Santas Casas, do Hospital Amaral Carvalho e demais filantrópicos podem ser chamados a votar pela greve.
A negociação coletiva se arrasta desde julho de 2017 sem solução. Os patrões querem retirar benefícios, mas o Sindicato da Saúde de Jaú e Região não concorda. A categoria vai ter de se manifestar e decidir ou não pela paralisação como protesto.
A Mesa de Conciliação será às 14h30 no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas. A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, o advogado Nilton Agostini Volpato, e o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, vão defender os trabalhadores no encontro com os patrões do Sindhosfil (sindicato dos filantrópicos).
Essa reunião é a segunda tentativa de conciliação entre as partes. A primeira,realizada em 14 de novembro, não teve acordo. O juiz marcou nova tentativa para hoje. Basicamente, os patrões querem retirar benefícios, ampliar jornada do apoio, reduzir adicional de insalubridade (pagar sobre o mínimo e não mais sobre o salário do funcionário) e parcelar o reajuste de 3% nos salários.
Memória/ contraproposta - O sindicato dos hospitais chegou a oferecer 3% de reajuste salarial (parcelados), mas iria reduzir benefícios conquistados em negociações anteriores, como a jornada de seis horas para os profissionais do apoio e redução de adicionais. Sendo assim, não houve acordo e o Sindicato da Saúde não assinou a Convenção Coletiva (que tem como data-base dia 1º de julho).
Na audiência do dia 14 foi apresentada contraproposta pelo Sindicato da Saúde pra ser avaliada pelo patronal. Até agora o patronal não se manifestou. Se a Mesa Redonda de hoje for infrutífera, o Sindicato da Saúde deverá convocar assembléia para a categoria decidir se aceita perder direitos ou se vai protestar com paralisação ou greve (se for o caso).
Outra alternativa é encaminhar o Dissídio Coletivo para a Justiça julgar (com possibilidade de demorar anos e perder todas as conquistas até então).
A contraproposta oferecida dia 14 de novembro era o seguinte:
- a manutenção do adicional noturno conforme as cláusulas da convenção coletiva de 2016/2017 - das 22h até o término da jornada;
- jornada de trabalho do pessoal de apoio de 40 horas semanais com seis folgas mensais já incluídos os feriados
- adicional de insalubridade pago observando-se como base de cálculo o teto de R$ 1.500,00 para o pessoal de enfermagem e de R$ 1.100,00 para o pessoal de apoio;
- contribuição assistencial compulsória para todos os trabalhadores beneficiados pelos termos da negociação coletiva.
SAIBA MAIS SOBRE PRIMEIRA MESA REDONDA