Edna Alves fala que greve no Hospital Thereza Perlatti chega ao 12o dia sem previsão de pagamento dos salários, alerta que pacientes do hospital estão sendo mandado para casa pela diretoria clínica do hospital e lembra que campanha de arrecadação da mantimentos para funcionários continua
A presidente do Sindicato da Saúde de Jaú e Região, Edna Alves, foi convidada pelo apresentador Paulo Soares para falar ao vivo sobre a greve no Hospital Thereza Perlatti. Edna esteve nesta quinta-feira (28/12) no programa Noticidade, no SBT Central, onde falou da crise na entidade hospitalar e dos problemas que afetam os trabalhadores da saúde sem receber salários.
Edna falou que a greve chega a 12 dias sem previsão de pagamento. Segundo ela, o hospital garantiu na semana passada que pagaria no dia 27 ou 28, mas no fim da tarde do dia 27 avisou que o Estado não tinha previsão de repassar os recursos do convênio. Sendo assim, a greve continua e deve ganhar mais adesão caso se confirme o não-pagamento até o fim deste dia 28.
A sindicalista falou ainda sobre a campanha de arrecadação de alimentos para os trabalhadores e sobre as altas repentinas que estão sendo dadas aos pacientes do hospital. Segundo ela apurou, das 33 altas na quarta-feira, 28 pacientes já tinham sido devolvidos à família nesta quinta-feira por volta das 12h.
Pacientes "ganham" alta - A ordem da diretoria clínica do hospital, segundo médico psiquiatra publicou em seu Facebook, seria liberar o maio número possível de pacientes. Carlos Manuel Cristovão publicou o seguinte: "O diretor clínico do Perlatti me pediu para dar alta o máximo possível para esvaziar os leitos das enfermarias. Foi avisado o CROS, que regula o acesso às vagas, que não podemos aceitar casos novos. E sabemos através do CROS que o Cantidio, hospital estadual psiquiátrico mantido pela Unesp, também está negando vagas, porque não recebeu os repasses do governo do Estado de São Paulo. Foram avisadas da restrições de leitos à DRS, regional da saúde, Secretaria de Saúde de Jaú e o CRM."
Durante a entrevista ao SBT, o jornalista Paulo Soares defendeu o movimento de protesto dos trabalhadores e questionou o governo do Estado o motivo de não repassar um valor que deveria ter sido pago no fim de novembro. "É importante quem estar devendo que pague. O trabalhador não pode passar o fim de ano pedindo comida, porque está sem receber salários."