A greve no Hospital Thereza Perlatti por atraso no pagamento de salário e do décimo-terceiro teve início à meia-noite desta segunda-feira As adesões ao movimento de luta para receber seus direitos começaram logo no inicio do dia, com a presença de diretores do Sindicato da Saúde de Jaú no estabelecimento,
A diretoria conversou com funcionários do plantão noturno e muitos aderiram à greve, que foi decidida na semana passada em assembleia geral na frente do hospital. Uma lista foi passada para coletar assinatura de quem aderiu e de quem "furou a greve".
O movimento de protesto continuou durante a madrugada e deve se intensificar nesta manhã e tarde com a entrada de novas turmas de funcionários.
Funcionário que aderiu à greve se manifestou sobre o movimento: "O povo precisa entender que a greve não é um ato de rebeldia dos funcionários, até porque não estamos reivindicando nada além do nosso salário. Essa paralisação é de certa forma uma 'propaganda' sobre o problema em si de atraso de pagamento. Só assim vamos conseguir chamar atenção de vereadores, deputados, empresários, o povo de forma geral....."
O protesto dos funcionários tem o objetivo de chamar atenção das autoridades e conseguir apoio para que o Hospital Thereza Perlatti receba mais recursos para atender os mais de 300 pacientes de Jaú e região. São cerca de 300 trabalhadores, mas muitos já se demitiram e buscaram outro emprego para garantirem sua sobrevivência.
O Estado de São Paulo deve R$ 350 mil ao hospital, referente repasse que deveria ter ocorrido no fim de novembro. Sem esse dinheiro, o hospital alega que não tem recursos para pagar os funcionários. É o segundo atraso seguido no pagamento de salários. E não há previsão de quando a folha salarial será quitada. Também não tem previsão de quitar o décimo-terceiro salário, que vence no dia 20 de dezembro, e o salário de dezembro, que vence no quinto dia útil de janeiro