fonte: comércio do jahu
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público prendeu ontem em Bariri um homem e uma mulher que integram a diretoria da Organização Social Vitale Saúde, responsável pela gestão da Santa Casa da cidade e por unidades em outras cinco cidades paulistas (veja quadro).
A operação Ouro Verde cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e sete de prisão em sete cidades de São Paulo. A investigação do Ministério Público, que ainda não terminou, apura supostos desvios de dinheiro público na saúde.
A maior parte das ações se concentrou em Campinas, onde a organização Vitale administra o Hospital Ouro Verde, que enfrenta profunda crise no atendimento. Na cidade, há suspeita de participação de agentes públicos no desvio de recursos para enriquecimento pessoal. Na casa de um deles, mais R$ 1,2 milhão em espécie foram apreendidos. Carros de luxo também foram recolhidos.
Bariri fez parte da ação porque a Vitale tem sede na cidade. Além da prisão dos diretores, cujos nomes não foram confirmados oficialmente, o MP também cumpriu mandado de busca na Santa Casa, que recebe recursos da prefeitura e do Ministério da Saúde para manter os atendimentos.
Simulação
O Comércio não conseguiu contato com representantes da organização social. Na Santa Casa de Bariri, foi informada de que o hospital emitiria uma nota de esclarecimento, o que não aconteceu até o fechamento desta reportagem.
Em Campinas, promotores do Gaeco deram detalhes da operação à tarde, em entrevista coletiva. A organização social supostamente desviava os recursos repassados pela prefeitura campineira, e depois prestava contas simulando serviços de consultoria. (JGD)