Apeoesp de Jaú manda representantes para ato em São Paulo; calçadistas fazem assembleia
fonte: comércio do jahu
Na véspera da entrada em vigor das mudanças na legislação trabalhista, sindicatos se mobilizam contra a reforma aprovada em julho pelo Congresso. Atos pedem a reversão das medidas e também chamam a atenção para a reforma da Previdência, que voltou a ser discutida pelo governo federal.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) em Jaú levará representantes para a mobilização no Palácio dos Bandeirantes às 14h. Aqueles que não puderem participar poderão se manifestar em atividade às 18h, na Praça do Museu.
A diretora estadual da entidade, Maria de Lourdes Mantovani Pavan, afirma que o grupo tem ainda outra pauta. Os servidores públicos são contra o Projeto de Lei nº 920/2017, espécie de versão paulista da PEC dos Gastos Públicos, que congelou investimentos da União pelos próximos 20 anos.
“O governador mandou esse projeto para a Alesp em regime de urgência, mas as entidades estiveram na assembleia e ele retirou a urgência. Esse projeto atinge o funcionalismo público como um todo”, manifesta a diretora. Segundo ela, até mesmo os benefícios previstos em estatuto como promoções e quinquênios estão comprometidos.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados de Jaú também se mobiliza contra a reforma. Em assembleia marcada para as 17h30 de hoje, a entidade vota as propostas de flexibilização da reforma que serão apresentadas aos representantes patronais.
De acordo com o presidente Miro Jacintho, as maiores preocupações dizem respeito ao trabalho intermitente, ao regime de banco de horas e às homologações. “A partir de agora as homologações (de demissões) poderão ser feitas na empresa, mas nós gostaríamos de continuar acompanhando juridicamente no sindicato”, observa o presidente.
Já o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindicato da Saúde) distribui uma cartilha com orientações sobre as mudanças (leia texto).
Principais pontos
A reforma trabalhista prevê a prevalência das negociações entre trabalhadores e patrões sobre o que a legislação estabelece. Também permite o fatiamento maior das férias, regulamenta o home office (teletrabalho) e flexibiliza os vínculos de emprego.
“Sem retirar direitos, a legislação foi modernizada e trouxe trabalhadores excluídos para a formalidade”, defendeu o presidente Michel Temer em artigo publicado no jornal português “Diário de Notícias”, na última quarta-feira.
Sindicato da Saúde: distribuição de cartilhas
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Jaú e Região (Sindicato da Saúde) distribui a cartilha “A Reforma Trabalhista Chegou: e Agora?”, com informações a respeito das mudanças na legislação que entram em vigor amanhã.
De acordo com a presidente Edna Alves, a região compreendida pela entidade receberá o material.
“Um roteiro está sendo elaborado pela diretoria do sindicato para distribuir a cartilha nas cidades de nossa base territorial”, comenta a dirigente, por meio da assessoria de imprensa. O sindicato atende funcionários dos estabelecimentos privados de saúde em 23 cidades da região. (JGD)