Quatro dias sofrendo por causa da falta de água nas torneiras. Serviço fornecido pela Águas de Jahu a conta gotas apenas à noite. E uma desculpa esfarrapada da concessionária quando a moradora foi reclamar do fim de semana “seco” que teve no bairro onde mora. Foi esse o drama vivido pela moradora Edna Alves, que além de pagar caro pelo serviço não tem a água que precisa quando necessita.
Edna Alves, técnica de enfermagem presidente do Sindicato da Saúde de Jaú e Região, está habituada a enfrentar administradores hospitalares para defender os trabalhadores. Acostumada a reivindicar benefícios em prol da categoria, Edna desta vez tomou as dores do cidadão jauense. Ela conta que ficou sem água desde sexta-feira no Jardim Paraty. Nesta segunda-feira o problema começou logo cedo.
Após ligar para a concessionária sábado para pedir esclarecimento, foi informada que ocorreu problema na bomba que envia água para o bairro. Também falaram a ela que o bairro consome muita água, por causa das inúmeras piscinas nas edículas. “Temos direito de lazer e pagamos a água que consumimos. O que a gente não pode é ficar sem água ou pagar pelo vento”.
Insatisfeita com a resposta, tentou obter ajuda de vereadores, mas nenhum atendeu ao chamado. Por meio de mensagem, um deles, falou que iria entrar em contato com a supervisão da concessionária para pedir uma solução. Também se comprometeu a levar o problema à Tribuna na sessão da Câmara desta segunda-feira.
“Sábado e domingo são os únicos dias que temos para cuidar da casa. Não dá pra ficar sem água ou ter meia torneira só em algumas horas. Não é apenas no Paraty que falta água. Muitos outros bairros também sofrem com o mesmo problema. Sei disso porque os trabalhadores da saúde reclamam comigo da falta de água na cidade. Além disso, a troca de hidrômetros vem aumentando muito o valor da conta de água”.
Válvula de retenção do ar - De acordo com Edna, a Águas de Jahu tenta justificar dizendo que há vazamento na residência. “A população está cansada de contratar encanador para ver se tem vazamento, mas o problema quase sempre é no hidrômetro, que registra até vento”.
Ela chegou a ligar na concessionária para saber se tem como comprar um aparelho que impede a passagem de ar pelo hidrômetro. Foi informada que a “válvula de retenção de ar” ou “ventosa” pode ser adquirida na própria concessionária, após técnico ser chamado e constatar o registro de ar no hidrômetro. A instalação dessa válvula seria gratuita. A informação foi obtida por meio do telefone (14) 3411-2411.