O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (4) que a expectativa de uma nova denúncia contra o presidente Michel Temer debilita sua força no Congresso e ameaça a votação de reformas econômicas.
"Não dá para negar o governo no Congresso perdeu alguma força, sem dúvida nenhuma. Claro que esse tipo de ato, a denúncia, gera desgaste, vamos dizer assim, algum tipo de desarticulação", disse Maia.
Sobre a reforma da Previdência, Maia afirmou que, "na Câmara, o problema não é data, é ter voto". "Hoje tem menos voto do que tinha, do que tinha... quando tinha 280 votos. Hoje não tem 280 votos."
Com a proximidade de ano eleitoral, o presidente da Câmara disse que a reforma da Previdência "ou vai aprovar em outubro, novembro, ou não vai aprovar", ele disse e depois emendou: "Ou vai adiar."
Maia participa de evento da revista "Exame", em São Paulo. Fez uma longa defesa de privatizações e da redução do Estado, criticou privilégios no setor público e mesmo no privado, como para ele a TLP garantia.
Disse que tem "fixação" pela reforma trabalhista e defendeu que seja fatiada para tramitar mais rapidamente.