Com a presença de cerca de 40 pessoas foi realizada no sábado (19/08) a oitava Conferência Municipal de Saúde, com o tema "Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas". A reunião foi realizada no auditório do CIESP, coordenada pelo secretário de Saúde de Jaú, Wagner Brasil de Barros, e por gerentes de sua secretaria.
O Sindicato da Saúde de Jaú e Região foi representado pela presidente Edna Alves e por duas diretoras - Maria Ivanilde de Araújo Almeida e Inês de Oliveira - ambas integrante do Conselho Municipal de Saúde.
Edna Alves questionou a presença reduzida de participantes, inclusive de outros conselheiros de saúde e de representantes de usuários, hospitais e outras entidades. Ela chegou levantar dúvidas sobre a validade da Conferência por causa da falta de paridade.
No fim, algumas sugestões foram apresentadas pelos participantes, a maioria delas envolvendo ações que podem ser feitas pelo Município para melhorar o atendimento à saúde da população, passando antes por capacitação de servidores públicos e solução de problemas com falta de médicos e remédios na rede municipal.
- Incrementar e incentivar a atenção à amamentação
- Desenvolver equipe multiprofissional para atender à saúde do trabalhador
- Implantação de um núcleo de educação permanente municipal
- Implantação de equipe multidisciplinar em vigilância em saúde
Palestras - A Conferência de Saúde teve palestra inicial por Lúcio José Fiorelli, que apresentou números do setor, com investimentos na cidade e no país, comparando com outros países. Ele apontou o subfinanciamento da saúde. "É lógico que quanto maior for o montante de recursos aplicados na saúde melhor será o resultado", apontando que o caminho é investir na saúde preventiva.
Em seguida, a enfermeira Amanda Creste Martins da Costa Ribeiro Risso falou sobre "Saúde do Trabalhador - a relação da saúde com o ambiente dos processos de trabalho". Ela fez alguns questionamentos sobre o trabalho em si e disse que as patologias não são reflexo apena da "biofisiologia alterada", mas principalmente por causa da ordem comportamental,
Ela citou o stress no ambiente do trabalho, o assédio, a perseguição de chefias, o trabalho como agente transformador e outros assuntos, como falha na organização do trabalho, confrontação de personalidades a abuso de autoridade. Falou que a comunicação pode ser o caminho para mudar, com cada pessoa colocando-se no lugar do outro para mudar o contexto no ambiente de trabalho. "A comunicação pessoal está uma porcaria", chegou a dizer a palestrante.
