Dos 34 profissionais da saúde contratados pela Fundação Estatal Regional de Saúde de Bauru, 16 já estão de aviso prévio
Após receber questionamentos de funcionários da UPA de Pederneiras sobre a demissão em massa que está em andamento, o Sindicato da Saúde de Jaú e Região foi averiguar e acompanhar de perto das mudanças na saúde da cidade anunciadas pela Prefeitura. Realmente foi constatado que as demissões já começaram – até esta quarta-feira pelo menos 16 avisos prévios já foram concedidos.
Hoje são 34 trabalhadores contratados pela Fundação Estatal Regional de Saúde da Região de Bauru (FERSB). Funciona só até o dia 31 de julho e depois será fechada. A partir de primeiro de agosto o local deixa de ser uma unidade de pronto atendimento e passa a ser um Centro de Especialidades, conforme decidido pela Prefeitura de Pederneiras.
Alguns funcionários atuais da UPA serão remanejados para as unidades de saúde de Pederneiras, também administradas pela FERSB. Aos profissionais que interessarem à FERSB serão oferecidos o remanejamento - os demais e aqueles que recusarem mudar de local de trabalho serão demitidos.
A presidente do Sindicato da Saúde, Edna Alves, foi entrevistada pelo SBT Central sobre essa questão e se mostrou preocupada, uma vez que o Município vai ter de devolver R$ 1,5 milhão ao governo federal para poder fechar a UPA.
Conforme contato do Sindicato da Saúde com a administração da Fersb, a fundação estatal ficou de enviar documentos de homologação para que o sindicato analise se todos os direitos dos trabalhadores estão sendo pagos. Será feito nos próximos dias o agendamento das homologações para fazer o pagamento dos demitidos.
Devolvendo dinheiro - Para transformar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Centro de Especialidade, como anunciou na última semana, a Prefeitura de Pederneiras terá que devolver cerca de R$ 1,5 milhão ao governo federal. Segundo o município, o pagamento da quantia é possível, já que a negociação está em andamento e há expectativa de que o valor seja parcelado em até 60 meses.
Em nota enviada nos últimos dias ao JC sobre a transformação anunciada pelo prefeito Vicente Minguli, o Ministério da Saúde confirmou que a gestão municipal decidiu pelo fechamento da UPA 24h. E que não é possível a mudança do objeto da unidade, que foi constituída com finalidade não especializada. Em nota, o órgão diz que orientou o gestor quanto aos trâmites necessários para devolução do recurso.
"Assim que for finalizado o fechamento será revogada a portaria de habilitação de custeio mensal (interrompendo o repasse), e demais trâmites para devolução do recurso de investimento", acrescenta o Ministério.