Já dizia um deputado que pior que estava, em 2010, não poderia ficar, mas ficou. O início da Campanha Salarial 2017/2018 para os trabalhadores da saúde no Estado de São Paulo não poderia começar em pior cenário: sanção do Projeto de lei 4.302/1998, que aprova a terceirização generalizada em todas as categorias, e as reformas da Previdência e trabalhista, que propõem inviabilizar a aposentadoria, tornar negociáveis conquistas históricas dos trabalhadores e aumentar jornada de trabalho para até 12 horas diárias, entre outros retrocessos.
Os desafios para a campanha salarial é resistir a esses ataques e ao mesmo tempo lutar por melhorias no setor da saúde. A Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo e seus 13 sindicatos da saúde filiados, especialistas em direito do Trabalho, economistas, etc. se reuniram no 2º Workshop de Organização Sindical, em março, para discutir não só as propostas do governo contra os trabalhadores, mas também para se mobilizarem nas ruas nas semanas que antecedem as votações das reformas trabalhista e da Previdência.
A Federação entende que a única forma de resistir aos ataques dos direitos trabalhistas é unir a classe trabalhadora e a ir às ruas, pressionando o Governo Federal a rever suas propostas para a retomada da economia no Brasil.
Tirar direito do trabalhador nunca foi solução para nada, a não ser para o setor patronal, que bate palmas para o governo pelas reformas apresentadas nos últimos meses. Trabalhadores da saúde não vão permitir retrocessos em um setor fundamental para a população brasileira.