Audiência no TRT em Campinas, ontem, terminou sem conciliação entre funcionários e dirigentes da Famesp
Terminou sem acordo a audiência de conciliação e instrução entre trabalhadores e Famesp realizada, nessa quinta-feira (6), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-15) da 15.ª Região, em Campinas. Portanto, a greve segue nos hospitais de Base (HB) e Estadual (HE), na Maternidade Santa Isabel e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME).
A paralisação começou há exatamente uma semana. Segundo a Famesp, 229 cirurgias eletivas agendadas foram canceladas, 1,9 mil exames laboratoriais e 162 exames gerais deixaram de ser feitos e 121 leitos de internação estavam bloqueados no HB e HE por conta da paralisação, nessa quinta (6).
Os funcionários do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Bauru e Região (SindSaúde) reivindicam 9% de reajuste, mas a Famesp ofereceu 3% no salário-base, retroativo a janeiro, e 18,58% no vale-alimentação.
Na audiência dessa quinta-feira (6), o sindicato voltou a recusar a proposta. A entidade diz que o movimento ganhou adesão nos últimos dias e já chega a 660 trabalhadores parados.
A Famesp, por sua vez, contabilizou 399 funcionários ausentes de seus postos de trabalho ontem. O SindSaúde afirma que mantém percentual mínimo de serviço nas unidades. E de 70% em setores como Oncologia e UTI.
Já a Fundação diz que, ao longo da semana, setores críticos nas UTIs, teriam ficado com percentuais abaixo do necessário para assistência adequada. "Em determinados setores. o mínimo para garantir a segurança do paciente é 100%, por isso reafirmamos que greve em setor de Saúde não pode ser matemática", afirma, em nota, o diretor presidente da Famesp, Antônio Rugolo Jr.