Governo não acerta parcelas referentes a janeiro e março; valor vai para o setor neurológico
O governo do Estado de São Paulo não repassou os valores conveniados com a Associação Hospitalar Thereza Perlatti, nos meses de janeiro e março. Com isso, a entidade deixou de receber R$ 700 mil, que são encaminhados para o setor neurológico e para cobrir outras despesas. O montante corresponde a 60% das receitas governamentais.
O assunto veio à tona na sessão da Câmara de ontem, por meio do vereador Fernando Barbieri (PSB), que alertou que o hospital pode ter dificuldades de honrar compromissos caso o atraso se mantenha.
O Estado não é a única fonte de recursos do Perlatti, que também se mantém por meio de transferências do Ministério da Saúde. No entanto, o valor é significativo na manutenção da ala neurológica, que atende em média 80 pacientes.
A assistência aos portadores de distúrbios neurológicos inclui atenção especializada e integral, por meio de procedimentos interdisciplinares, que incluem atividades terapêuticas e acompanhamento de vários profissionais.
A gerente financeira do hospital, Ana Carolina Farinelli, buscou informações na Secretaria de Estado de Saúde, mas não recebeu detalhes a respeito dos motivos que provocaram o atraso. “Nós temos esperança que o dinheiro chegue até quarta-feira (amanhã). O convênio foi assinado em janeiro, mas não foi pago em janeiro e nem em março”, conta.
O pagamento de fevereiro, o único feito “em dia”, não chegou na integralidade: veio com 5% a menos do que o acertado.
A diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS-6) em Bauru, Doroti Vieira Alves Ferreira, informou à noite que vai verificar a partir de hoje sobre qual repasse o hospital se refere, uma vez que há várias transferências conveniadas.
Outra demanda do Perlatti foi tema de requerimento dos vereadores Guto Machado (PHS) e Denilson da Vistoria (PHS), que estiveram na entidade na semana passada.
Os legisladores sugerem que a Prefeitura implemente uma horta na associação hospitalar, a fim de contribuir com o acompanhamento dos pacientes da entidade, que é referência no atendimento psiquiátrico e neurológico para 68 cidades.