O grupo de mulheres que se reuniu no Sindicato da Saúde de Jaú e Região nesta quarta-feira (29/03) apresentou uma lista de sugestões a ser encaminhada à Diretoria Regional da Saúde. As indicações serão apreciadas no encontro regional de Bauru, dia 10 de abril, na sequência da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres (2ª CNSMu).
No encontro as mulheres foram ouvidas e falaram de suas necessidades e das necessidades de milhões de trabalhadoras de todo o Brasil. Os trabalhos foram coordenados por Maria Ivanilde Araújo de Almeida e Inês Oliveira, dirigentes do sindicato e integrantes do Conselho Municipal de Saúde. Abaixo, a lista de sugestões as serem avaliadas e que podem seguir para encontros estadual e nacional da Conferência.
- Jornada especial de trabalho para todas as mulheres, de 30 horas semanais, seguindo proposta já defendida há alguns anos para as profissionais da saúde
- Aposentadoria diferenciada para mulheres, levando-se em consideração apenas o tempo de contribuição de 30 anos (conforme regra atual). Desconsiderar qualquer iniciativa que tente adotar idade mínima para aposentadoria feminina
- Enfrentamento e apoio às mães gestantes no combate às arboviroses (mosquito Aedes), de forma a investir na prevenção de doenças como dengue e zika, esta última causadora da microcefalia. Criar mecanismo para que os departamentos de zoonoses dos municípios façam varreduras periódicas contra focos do mosquito nas imediações da residência das gestantes cadastradas nas unidades básicas de saúde
- Redução da carga tributária em produtos e serviços de uso exclusivo das mulheres
- Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres
- Enfrentamento de todas as formas de discriminação
- Criação de fóruns municipais e regionais de incentivo à participação popular das mulheres – fortalecendo assim as pautas e reivindicações das conferências municipais
- Incentivar a participação política das mulheres, com objetivo de refletir e debater acerca da baixa participação das mulheres nas diferentes esferas governamentais. Câmaras municipais podem ser o instrumento para promover essa participação
- Criar eventos, projetos, iniciativas e ações para promover mudanças culturais na sociedade que contribuam para a redução da desigualdade de forma subjetiva. Oferecendo cursos de aperfeiçoamento para formar técnicas e gestoras em diversas secretarias.
