A presidente do Sindicato da Saúde de Jaú e Região, Edna Alves, participou nesta segunda-feira (27/03) de reunião em Itapuí com o objetivo de tentar resolver o impasse de três meses de salários atrasados no Hospital e Maternidade São José de Itapuí. A reunião contou com o prefeito de Itapuí, Antonio Álvaro de Souza, funcionários e representantes da Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) que administra o hospital.
Edna disse que o prefeito explicou os motivos pela demora em repassar os R$ 52 mil mensais ao hospital. Segundo informações dele, os repasses de três meses não foram realizados porque falta uma conta corrente no Banco do Brasil para que a AHBB receba os recursos. Uma reunião nesta terça-feira em agência do banco vai tentar resolver essa questão da conta - Edna diz que vai participar para ajudar.
Salários em atraso - Edna lamenta que a simples abertura de uma conta em banco esteja prejudicando dezenas de funcionários do hospital. O resultado disso é que os funcionários não recebem seus salários há três meses. A entrega da cesta básica também está atrasada desde meses anteriores.
"O Sindicato foi chamado para participar da reunião com o prefeito que esclareceu porque não repassou as três parcelas. O hospital alega que já protocolou o pedido de abertura da conta corrente. Vamos tentar resolver isso para não prejudicar ainda mais os funcionários." Edna vai esperar o repasse dos recursos ainda nesta semana, caso contrário vai acionar o Departamento Jurídico para tomar as medidas necessárias.
Está em curso um impasse entre a prefeitura de Itapuí e a Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB) para funcionamento do Hospital e Maternidade São José de Itapuí. Após audiência pública no Ministério Público Federal ficou definido que até o fim de junho a associação segue na administração, garantindo o atendimento à população.
UPA EM LENÇÓIS PAULISTA - A crise da saúde também se faz presente em Lençóis Paulista, com ameaça de demissão de mais de 100 profissionais que trabalham na Unidade de Pronto-Atendimento daquela cidade. O local é administrado pela associação OCAS, que deverá ter o contrato rescindido pela Prefeitura.
O Sindicato da Saúde foi impedido de participar das negociações em reunião realizada nesta segunda-feira (27/03), onde estiveram presentes o diretor de saúde de Lençóis e a comissão de funcionários da UPA. Responsável pela comissão não quis a ajuda do sindicato. Edna Alves espera uma solução rápida, que consiste na volta da administração da UPA à Prefeitura de Lençóis Paulista.