Greve de trabalhadores dos hospitais Estadual, Manoel de Abreu e de Base, além da Maternidade Santa Isabel e AME, começa a partir das 7h desta quinta
fonte: jc bauru
Funcionários das unidades administradas pela Famesp - hospitais Estadual, Manoel de Abreu e Base, além da Maternidade Santa Isabel e Ambulatório Médico de Especialidades (AME) - decidiram entrar em greve a partir desta quinta-feira, em busca de reajuste salarial. A paralisação está prevista para começar a partir das 7h, com a promessa de manutenção de ao menos 30% dos serviços.
O percentual será maior para atividades indispensáveis ou de urgência e emergência. A decisão foi tomada anteontem, durante assembleia geral realizada nos hospitais de Base e Estadual. O objetivo, segundo o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Bauru e Região (SindSaúde), foi atingir o maior número de trabalhadores possível.
"Tivemos uma aceitação muito grande no Base e no Estadual. Na assembleia, pudemos explicar a verdade sobre a greve, já que, durante os últimos dias, muitas mentiras foram espalhadas sobre o que está por vir", diz Noel Moreira, presidente da entidade.
Durante as reuniões, de acordo com o sindicato, a categoria recusou a proposta de reajuste de 3% sobre o salário-base (aproximadamente R$ 1.300,00) mais aumento de R$ 61,00 no vale alimentação, que passaria a R$ 391,00. A oferta foi feita pela Famesp na mediação realizada pelo Ministério do Trabalho na última quarta-feira.
"A decisão foi unânime. Todos os trabalhadores presentes votaram pela greve. Não gostaríamos de chegar a esse extremo, mas essa é a única forma de sermos ouvidos. Temos nossos direitos e as coisas não podem continuar como estão", argumenta Noel. A categoria pede reajuste mínimo de 9%, como forma de repor o índice da inflação, além da manutenção do direito a folgas aos domingos.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Famesp informou que aguarda notificação do SindSaúde quanto à deflagração da greve e que tomará as providências legais cabíveis para assegurar a manutenção do atendimento aos pacientes e o direito ao trabalho aos funcionários que não aderirem ao movimento.
A fundação também afirma que considera a decisão precipitada, "que inviabiliza qualquer negociação e, consequentemente, cria possibilidades de prejuízos aos pacientes e aos colaboradores".
Também frisa esperar que os funcionários reconheçam "as enormes dificuldades enfrentadas" e acreditar que, "juntos, encontrarão soluções que assegurem a manutenção dos empregos e as correções salariais, considerando a atual realidade econômica".