Depois das apresentações de especialistas, conhecedores dos direitos trabalhistas e previdenciários, o 2º Workshop de Orientação Sindical, realizado nos dias 20, 21 e 22 de março, pela Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, chega ao final com saldo positivo.
Líderes sindicais debateram sobre as reformas que estão para serem aprovadas este semestre. O último dia foi dedicado à reforma trabalhista e depois das apresentações de especialistas, os líderes sindicais se reuniram para estudar e propuseram emendas para serem levadas à Câmara dos Deputados.
Para o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, o workshop serviu para avaliar o PL 6.787, que trata da reforma trabalhista, e apresentar propostas para que este projeto de lei não prejudique ainda mais os trabalhadores. “Nós, como sindicalistas, temos que defender os trabalhadores e estas propostas aqui apresentadas pelos dirigentes mostram o caminho que devemos seguir e como mobilizar a sociedade para que ouçam nossas vozes”, diz Edison.
Para ele foi muito produtiva a interação dos grupos em apresentar propostas. “Lembrando que muitas pedras estão no caminho e com estas propostas e a mobilização dos trabalhadores, conseguiremos ultrapassá-las. Temos que nos preparar para alavancar nas nossas propostas e com urgência. Apesar das emendas estarem fechadas, o deputado pode propor novas emendas. É hora de cobrar seus deputados”, alerta ele.
Entre as propostas apresentadas pelos grupos de trabalho estão:
- a multa que cabe à empresa por não registro em carteira do funcionário, deve ser revertida para o funcionário prejudicado e não para os auditores fiscais, conforme proposto no PL;
- nenhuma mudança no direito de greve;
- utilizar as mídias sociais para repudiar a reforma trabalhista;
- carta aberta a toda a sociedade, mostrando o quanto esta reforma prejudica o trabalhador, caso seja aprovada como consta do PL.