Após as explanações dos palestrantes, os trabalhos do dia 21 foram encerrados com discussão e estudos dos sindicalistas. Divididos em cinco grupos, eles apontaram propostas para serem incluídas nas reformas trabalhista e previdenciária, as quais devem ser encaminhadas à Câmara dos Deputados para que sejam avaliadas.
Cada grupo contou com apoio e coordenação de especialistas da Federação, a exemplo de José Marques, assessor jurídico; Raimundo Simão de Melo, consultor jurídico; e Luiz Fernando Rosa, economista do Dieese-subseção Federação.
Entre as sugestões está a realização de abaixo-assinado contra as duas reformas em questão; elaborar cartas de repúdio aos deputados favoráveis às novas regras que acabam com a aposentadoria; realizar audiências públicas nas Câmaras Municipais de todas as cidades que são base de sindicatos filiados à Federação; criar vídeos para informar aos trabalhadores sobre os prejuízos que terão caso as reformas sejam aprovadas; promover encontros regionais com várias categorias para massificar o movimento contra as reformas; promover manifestações de ruas contra a proposta do governo; comparecer a Brasília para pressionar os deputados no dia da votação das PECs; criar ferramentas para que a resistência contra as reformas cheguem à população por meio dos trabalhadores da saúde e pelos sindicatos filiados, entre outras propostas.
O presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira, recebeu as sugestões para serem analisadas sobre a viabilidade de serem colocadas em prática. No entendimento dele, é preciso que esse movimento de resistência e de defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários chegue à sociedade, e o canal mais rápido pode ser os próprios trabalhadores da saúde que lidam no dia a dia com o cidadão.
Ele resumiu o que pode acontecer caso a reforma seja aprovada. “Se aprovada na íntegra não teremos mais o instrumento de aposentadoria, somente um instrumento arrecadatório”.