Servidores públicos estaduais não conseguiam realizar procedimentos fora da Santa Casa
Após meses de impasse, servidores públicos estaduais voltam a ter cobertura de exames via Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) em Jaú. Até ontem, os funcionários não conseguiam realizar procedimentos laboratoriais ou de imagem sem estar internados na Santa Casa, que é o hospital referenciado para o convênio no Município.
A partir de agora, os servidores que tiverem uma guia emitida por médicos cadastrados poderão realizar os exames, por meio do Laboratório de Análises Clínicas Miotto e do centro de diagnóstico da Santa Casa (veja quadro).
De acordo com a assessoria de imprensa da filantrópica, a diretoria do Departamento de Convênios e Assistência Médica do Iamspe autorizou que os exames sejam centralizados no hospital, até que o edital de credenciamento específico para realização de investigações laboratoriais seja concluído.
A decisão afeta diretamente mais de 12 mil beneficiários do Iamspe na região, que muitas vezes pagavam pelos exames solicitados por médicos porque não estavam internados no hospital de referência.
A coordenadora da subsede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria de Lourdes Pavan, comemorou a habilitação dos laboratórios.
“É uma vitória, porque não é de agora que estamos nessa luta, que inclui funcionários públicos estaduais de várias categorias”, comenta a dirigente.
A assessoria de imprensa do Iamspe informou que a Santa Casa realiza os exames laboratoriais e que o edital para credenciamento de laboratórios será lançado no primeiro semestre.
Informações sobre a rede credenciada ao convênio podem ser obtidas pelo telefone (14) 3212 1090.
Em novembro de 2015, Iamspe e Santa Casa encerraram a parceria por discordâncias no valor a ser pago pelos atendimentos no hospital. O entrave só foi solucionado em junho do ano passado, quando o instituto estabeleceu teto mensal de até R$ 200 mil para os serviços de assistência médico-hospitalar.
O valor é um balizador máximo, ou seja, caso os custos mensais atinjam a marca de R$ 180 mil, é este o montante repassado, e não o teto de R$ 200 mil.