A partir de janeiro de 2017, convênio para gestão do pronto-socorro sobe para R$ 1,5 milhão
FONTE: COMÉRCIO DO JAHU
Após semanas de negociação, Prefeitura de Jaú e Santa Casa chegaram a acordo sobre os valores do novo convênio com o hospital, que garante a manutenção dos prontos-socorros adulto e infantil. O repasse passará dos atuais R$ 1.250.000,00/mês para R$ 1,4 milhão de julho a dezembro deste ano. A partir de janeiro de 2017, o montante passará para R$ 1,5 milhão.
O reajuste escalonado foi a forma encontrada para obter o consenso entre as duas partes. O hospital vem alegando deficit na gestão do PS, que em abril realizou 14,6 mil atendimentos. A administração, por sua vez, sustentava que a regularidade nos pagamentos só era possível em função do respeito às condições financeiras da Prefeitura.
Os desacertos provocaram período de 22 dias durante os quais o convênio ficou descoberto – uma vez que a parceria terminou em 30 de junho.
Com o aumento em duas etapas, será possível adiar o impacto orçamentário acima da inflação para o próximo exercício. Os termos acordados não precisam de autorização legislativa.
O secretário de Negócios Jurídicos, Luiz Fernando Galvão Pinho, afirma que a lei eleitoral e a Lei de Responsabilidade Fiscal adicionaram mais exigências às negociações.
“A Santa Casa entendeu esse ponto de vista e nós também compreendemos a situação do hospital, que trabalha com essa defasagem”, aponta.
O provedor do hospital, Alcides Bernardi Júnior, relata que o patamar está aquém do que a filantrópica planejava para o plano de trabalho, mas que o atendimento não sofrerá alterações.
O gestor comenta ainda que, por ser hospital de referência, a Santa Casa é obrigada a receber pacientes de toda a região. No entanto, a fim de aumentar as fontes de recurso, seria interessante que os demais municípios também contribuíssem. “Temos que atender a região, mas o ideal seria fazer um rateio per capita”, argumenta.
Conforme o Comércio noticiou no dia 15 de julho, mais de 18 mil atendimentos realizado no PS em 2015 foram em pacientes de cidades próximas. Entretanto, nenhuma prefeitura contribuiu especificamente com a gestão de urgências e emergências neste período.
Bernardi Júnior reforçou que conta com o apoio da população para utilização do PS apenas em casos de alta complexidade, uma vez que procedimentos sem gravidade podem ser recepcionados na rede básica.
Além dos profissionais especialistas de retaguarda, os prontos-socorros adulto e infantil têm, respectivamente, quatro e dois médicos por turno de trabalho.