Estimativa realizada pela gerência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Campinas mostra que os vigilantes ocupam o primeiro lugar no ranking de profissionais mais afastados das empresas porque desenvolveram doenças psiquiátricas como depressão, ansiedade e transtornos mentais. Logo em seguida aparecem os professores; depois os atendentes de telemarketing e em quarta posição no levantamento estão os trabalhadores da saúde. Entre os meses de janeiro e maio deste ano, 16.989 campineiros receberam benefícios do INSS por incapacidade, sendo que 1.490 casos são relacionados à doenças psiquiátricas. No mesmo período do ano passado, revela o INSS, foram concedidos 15.970 benefí cios e as doenças psiquiátricas foram responsáveis por 1.517 concessões. (Saiba mais no infográfico abaixo). Segundo o gerente-executivo
do INSS em Campinas, Odair Cremasco, não há como mensurar a quantidade e o tipo de afastamento em cada carreira profissional, mas durante os atendimentos diários os técnicos notaram o predomínio dos vigilantes, professores, atendentes de telemarketing e profissionais da saúde dentro do grupo afastado porque desenvolveu doenças psiquiátricas.
“Para prever o tipo de doença em cada categoria Teríamos que pegar o CNPJ de todas as empresas e é um levantamento quase impossível, mas nos atendimentos do dia a dia conseguimos ter noção dos trabalhadores mais afastados por determinada doença. Os vigilantes ocupam o primeiro lugar entre os casos de depressão”, explica Cremasco.
Para receber auxílio--doença, o trabalhador precisa passar por perícia mé dica e ter a incapacidade comprovada. O valor pago ao profissional varia de acordo com o salário que ele recebe no período em que foi afastado.
Cuidado - Segundo a psicoterapeuta Alina Purvinis, é necessário que os profissionais busquem atividades complementares para aliviar a pressão. “Caminhada, lutas, academia e dança, por exemplo, são exercícios que fazem a pessoa gastar energia e ficar aliviada. É importante ter hobbies e cuidar da saúde”, conta Alina.
Ainda segundo ela, o profissional precisa buscar ajuda médica quando perceber que os transtornos emocionais estão afetando gravemente a rotina.
FONTE: HIDAIANA ROSA/METRO CAMPINAS