Em outubro, houve aumento dos preços do conjunto de bens alimentícios essenciais em 12 das 18 cidades onde o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - realiza mensalmente a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos. As maiores altas foram registradas em Curitiba (4,37%), Porto Alegre (3,96%), Campo Grande (3,93%) e Florianópolis (3,64%). As reduções ocorreram em Salvador (-2,21%), Recife (-1,51%), Natal
(-0,79%), João Pessoa (-0,78%), Aracaju (-0,15%) e em Belém, o valor da cesta quase não variou (-0,01%).
Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para os produtos essenciais (R$ 353,18). A segunda maior cesta foi observada em São Paulo (R$ 341,04), seguida por Porto Alegre (R$ 340,63). Os menores valores médios para o conjunto de gêneros básicos foram verificados em Aracaju (R$ 232,82), Salvador (R$ 257,80) e Natal (R$ 265,27).
Com base no custo apurado para a cesta mais cara, a de Florianópolis, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em outubro deste ano, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.967,07, ou seja, 4,10 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em setembro, o mínimo necessário era de R$ 2.862,73, ou 3,95 vezes o piso vigente. Em outubro de 2013, era menor e correspondia a R$ 2.729,24, ou 4,03 vezes o mínimo da época (R$ 678,00).
Variações acumuladas
No acumulado dos primeiros 10 meses de 2014, 13 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (10,60%), Aracaju (7,40%), Rio de Janeiro (6,52%) e Brasília (4,68%). As reduções foram verificadas em Natal (-2,96%), Salvador (-2,76%), Campo Grande (-1,65%), Belo Horizonte (-1,52%) e Manaus (-0,33%).
Em 12 meses, entre novembro de 2013 e outubro último, quase todas as cidades tiveram variações positivas, com exceção de Natal (-0,23%). Destacam-se as altas em Florianópolis (22,48%), Goiânia (9,52%), Rio de Janeiro (7,41%), Brasília (6,74%) e Fortaleza (6,67%).