Dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e militantes de entidades filiadas, participaram ontem (14), de ato contra o Projeto de Lei 4330, que amplia a terceirização para todas as áreas de uma empresa.
Os integrantes da mobilização foram impedidos de entrar na Câmara dos Deputados para acompanhar a votação dos destaques ao projeto, que na última semana teve o texto base aprovado por ampla maioria na Casa.
O presidente da UGT DF, Isaú Chacon, que também esteve presente na manifestação, deixa claro que a entidade é contra o PL 4330. “Não aceitamos esse retrocesso, principalmente no que diz respeito as atividades fim e meio. A atividade meio já vinha sendo atingida há muitos anos, e como se não bastasse, o PL atinge agora a atividade meio. Esse sistema vai retalhar a terceirização”, ressalta. Nilson Duarte, presidente da UGT-RJ, também esteve presente ao ato, junto com Gustavo Walfrido, secretario da Juventude da UGT. Nilson destacou que no Rio milhares de trabalhadores são terceirizados e que com a aprovação do projeto 4330 vão passar para o regime de "semi-escravidão". " O projeto como foi aprovado na Câmara leva o trabalhador brasileiro a situação de escravo, com a perda direitos e até mesmo a possibilidade de nunca mais tirar férias", afiormou
Chacon também relata, com indignação, a proibição de acesso à Câmara e às galerias do Plenário. “É uma frustração muito grande. Não podemos aceitar isso. Essa Casa foi construída com o nosso dinheiro. Estamos vivendo uma ditadura civil, com uma minoria mandando na maioria”.
Votação
Durante a sessão da tarde de ontem, o Plenário da Câmara dos Deputados retirou do projeto as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, deixando apenas a iniciativa privada.
A votação de grande parte dos destaques apresentados foi adiada para esta quarta-feira (15), às 14 horas.