FONTE: COMÉRCIO DO JAHU
A direção da Associação Hospitalar Thereza Perlatti de Jaú vai apresentar duas propostas à Secretaria de Estado da Saúde para evitar que a entidade interrompa os atendimentos pelo sistema público de saúde a partir de 1º de maio. Reunião realizada na quarta-feira entre a Defensoria Pública de Jaú, Departamento Regional de Saúde (DRS) e a instituição psiquiátrica, em Bauru, definiu que até o dia 22 será apresentado plano de ação para garantir a manutenção dos serviços.
A reunião foi requisitada pelos defensores públicos de Jaú, preocupados com a possibilidade de o Perlatti interromper os procedimentos. As duas propostas discutidas no encontro estão em elaboração, conforme o presidente da associação que mantém o hospital, Antonio Ruiz Martinez Filho.
Ele conta que a primeira ideia discutida é de interrupção da parceria do Perlatti com o Ministério da Saúde e transformação da entidade filantrópica em organização social.
A mudança permitiria que o Estado custeasse todas as despesas da entidade. A gestão continuaria com a atual direção, porém subordinada integralmente ao governo paulista. O sistema é semelhante ao que foi adotado no Hospital de Base de Bauru e impediu seu fechamento, explica o presidente. “Não é exatamente uma estadualização, mas uma gestão em que o governo assume os gastos, mas não a direção direta”, declara.
A outra possibilidade é a de cobertura dos deficits mensais com recursos do governo estadual. Atualmente, o Ministério da Saúde repassa R$ 42 de um total de R$ 90 por diária mantida pelo Perlatti. Nos últimos dois anos, essa diferença causou prejuízo de R$ 2,2 milhões à entidade.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde informa que não é possível afirmar qual opção vai ser adotada, mas confirma que plano de ação será elaborado para evitar que a entidade interrompa os serviços.
Prazo
Martinez filho diz que em um primeiro momento a interrupção do atendimento público no hospital deve ocorrer no dia 1º de maio, como foi anunciado pela entidade em março.
Está em análise pedido do Ministério da Saúde para que a entidade permaneça com a recepção de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por mais 50 dias a partir desta data. O presidente declara que ainda não respondeu a Brasília a respeito dessa possibilidade.
“Nós divulgamos que não temos condições de continuar sem um aumento nos valores das diárias, por isso estipulamos um prazo para interromper o atendimento pelo SUS. Vamos esperar para ver o que vai ocorrer dessas propostas que vamos encaminhar para a Secretaria de Saúde”, declara Martinez Filho. O Perlatti atende 350 pessoas de 68 municípios do oeste do Estado. (PRC)