Em janeiro de 2014, a criação de empregos com carteira assinada foi de 29,5 mil. Este resultado está abaixo do que vinha sendo apresentado nos últimos meses de 2013, mas, na comparação com janeiro de 2013, houve um crescimento de 2,4% do saldo de novas vagas de emprego formal.
No acumulado dos últimos 12 meses, o mercado de trabalho brasileiro foi capaz de gerar 731,4 mil novos postos de trabalho formal. Na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores, verifica-se uma queda da ordem de 6,0%, o que confirma a queda do ritmo de geração do emprego.
Em janeiro de 2014, quase todos os setores da economia apresentaram crescimento do emprego formal. A única exceção foi o Setor de Comércio que amargou o fechamento de 78,1 mil vagas. Não obstante, este é um resultado sazonal típico do mês de janeiro, quando ocorre a dispensa de trabalhadores temporários contratados devido à intensificação do movimento do comércio em dezembro. A boa notícia do mês ficou a cargo da Indústria que criou 40 mil postos de trabalho e foi a maior responsável pelos novos empregos criados no mês.
No estado de São Paulo, foram gerados 7,9 mil postos de trabalho formal em janeiro. Na comparação com janeiro de 2013, verifica-se queda de 53,1% do saldo do emprego paulista. No acumulado dos últimos 12 meses, o mercado de trabalho paulista conseguiu criar 167,2 mil novos postos, contudo, na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores percebe-se queda de 35,5% do saldo. Esses dados são preocupantes, pois indicam uma maior sensibilidade do mercado de trabalho paulista no que tange à queda no dinamismo da geração de empregos.
Em São Paulo, no mês de janeiro, os setores de Indústria, Construção Civil e Serviços apresentam crescimento do emprego. Por outro lado, Comércio e Agropecuária tiveram saldo de emprego negativo, fechando, respectivamente, 22,8 mil e 8,0 mil vagas. No caso do Comércio,
como já aludido, trata-se de fenômeno sazonal e comum, relacionado à dispensa dos funcionários temporários contratados em virtude das festas de final de ano.
O setor de saúde privada criou, em janeiro, 2.020 novas vagas no estado de São Paulo. Na comparação com janeiro de 2013, observa-se um significativo crescimento de 173,0%. Em um mês de baixo dinamismo na geração de empregos no mercado de trabalho formal paulista, as
vagas da saúde privada representaram 25,4% do total de novos postos de trabalho no estado.
Em janeiro, o setor de saúde privada do estado de São Paulo foi capaz de gerar um saldo de 2.020 novas vagas de trabalho com carteira assinada. Na comparação anual, com janeiro de 2013, verifica-se o significativo crescimento de 173,0% do montante do saldo.
A grande maioria das novas vagas, 91,7%, foi criada na capital, num total de 1.853 novos postos de trabalho. Por outro lado, o município de Atibaia registrou o pior desempenho do saldo do emprego, com o expressivo fechamento de 286 postos de trabalho.
Em 12 meses, o mercado de trabalho em saúde privada tem saldo de 29.210 novas vagas, 5,6% a mais do que o resultado dos 12 meses findos em dezembro de 2013. Esta é a sexta vez consecutiva em que a comparação do resultado de 12 meses apresenta resultado positivo.
Em janeiro, de 18 bases sindicais acompanhadas, sete apresentaram retração do emprego formal. As perdas mais expressivas ocorreram no SINSAÚDE Campinas (-115) e no Sindicato da Saúde de Sorocaba (-68). No caso do SINSAÚDE Campinas, o resultado desfavorável tem
relação direta com o fechamento de 286 vagas no município de Atibaia. O melhor resultado foi observado na base do SINSAÚDE São Paulo, correspondendo a 1.905 novas vagas. Dentre os sindicatos filiados à Federação da Saúde, o resultado mais favorável foi apurado na base do
SINSAÚDE Ribeirão Preto, um acréscimo de 131 novas vagas.