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Prefeitura tem um mês para reabrir Ponto Socorro




FONTE: COMÉRCIO DO JAHU - http://www.comerciodojahu.com.br

Médicos serão contratados para novo PS

A Prefeitura de Jaú terá de dispor de pronto-socorro (PS) próprio e a Santa Casa deixará de atender com as portas abertas dentro de 30 dias. Os termos do acordo judicial firmado em fevereiro começam a ser rediscutidos – tudo indica que o poder público não abrirá mão do convênio com a filantrópica. Paralelamente, contudo, a administração estrutura nova unidade própria, que vai funcionar no mesmo local que abrigava o PS municipal, no antigo Hospital São Judas Tadeu.

Os termos do novo acordo entre Município e hospital não são declarados oficialmente, mas ambos os lados admitem que cederam em favor de manter algum tipo de parceria. No início da gestão de Rafael Agostini (PT), a ideia era suspender o convênio de R$ 640 mil/mês e bancar a gestão de casos de menor complexidade com recursos próprios (leia texto). A reportagem apurou, no entanto, que a parceria tende a ser prorrogada, inclusive com valores maiores.

O secretário de Saúde, Gilson Scatimburgo, afirma que as conversações são mantidas pessoalmente pelo prefeito – razão pela qual não é possível confirmar qualquer tipo de aporte superior. A secretaria trabalha para viabilizar o PS municipal mesmo com a manutenção do pagamento à filantrópica.
Para tanto, abriu licitação para contratar mais médicos. O pregão presencial foi na última quarta-feira e a Secretaria de Economia e Finanças ainda analisa o resultado antes da homologação. Caso a cooperativa se sagre vencedora, receberá em torno de R$ 6,9 milhões pelo período de um ano.

Mudança
Outra providência tem sido a aquisição de móveis e equipamentos para o PS municipal, bem como a mudança de centro de saúde para a Rua Lourenço Prado.
“A Secretaria de Saúde está trabalhando no sentido de em 1º de julho o atendimento estar funcionando no prédio do São Judas. Independente disso, o prefeito está conversando com o pessoal da Santa Casa para costurar algum entendimento”, relata Scatimburgo, que vai permanecer no cargo por mais tempo (leia texto).

O provedor da Santa Casa, Alcides Bernardi Júnior, afirma que eventual prorrogação do convênio vem sendo discutida e não está totalmente acertada, motivo pelo qual prefere não falar em valores. “Tudo caminha para que o contrato seja renovado”, manifesta o dirigente da filantrópica. (João Guilherme D"Arcadia)

Tensão no início deste ano
No início do mandato do prefeito Rafael Agostini (PT), a intenção da administração era suspender integralmente os repasses para a Santa Casa após fortalecimento da rede básica de saúde.
O pronto-socorro da filantrópica é custeado com subsídio de R$ 640 mil/mês pela Prefeitura. Em janeiro, o hospital chegou a pedir aumento no repasse, ao passo que o governo anunciava suspensão gradual dos valores.

A relação entre o poder público e a filantrópica ficou tensa e precisou ser dirimida com a intermediação do Ministério Público e da Justiça. Em fevereiro, acordo judicial previa que a Prefeitura fortaleceria a rede básica até 1º de julho, quando a Santa Casa só atenderia casos referenciados a portas fechadas, via Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por exemplo.
A um mês do cumprimento do acordo, aparentemente, a filantrópica continuará prestando serviços ao Município. (JGD)

Gilson Scatimburgo fica no cargo
O secretário de Saúde de Jaú, Gilson Scatimburgo, vai continuar na administração municipal. Por duas vezes ele estabeleceu prazo para deixar o governo de Rafael Agostini (PT) para cuidar de outros projetos profissionais – o último terminava ontem. Ele comentou que fica no posto por mais algum tempo, desta vez sem especificar data para eventual saída.

Conforme Scatimburgo, funções serão reorganizadas na secretaria para que ele tenha tempo de visitar unidades básicas e cuidar de questões operacionais da pasta. Sem essa reorganização, conforme o secretário, boa parte de sua rotina é destinada a questões burocráticas.
“Vou tentar fazer algumas adequações para ver se isso facilita meu trânsito na saúde como um todo, porque hoje eu não consigo por causa da alta demanda de questões burocráticas que me ‘travam’”, justifica o titular da pasta, que atuou como secretário adjunto de Saúde no governo do ex-prefeito João Sanzovo Neto (PSDB) e como diretor de Saúde em Dois Córregos até o ano passado. (JGD)

 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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