Edison Laércio de Oliveira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde o Estado de São Paulo, participou nesta quarta-feira, dia 5 de agosto, de uma reunião com os ministros Miguel Rossetto da Secretaria-Geral da Presidência da República e Carlos Gabas da Previdência Social. No encontro, que aconteceu na sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), o governo acenou com uma maior aproximação das centrais na criação de uma agenda positiva de crescimento econômico e diálogo com os trabalhadores.
Na manhã que antecedeu o encontro, os ministros estiveram reunidos por cerca de quatro horas, com representantes do movimento sindical. Na oportunidade foi anunciado o Fórum convocado pela presidente Dilma Rousseff para 2 de setembro, em Brasília, para uma agenda de crescimento do País.
“Foi um diálogo muito transparente, colocamos com clareza nossas insatisfações diante de certas medidas provisórias do início do ano, como a 4330, que trata da precarização através da terceirização, generalizando para todos os trabalhadores. Apesar do cenário tão grave que estamos vivenciando, estamos otimistas que esse Fórum poderá construir uma agenda propositiva e que possa iniciar definitivamente uma possibilidade de gerar emprego decente e eliminar esses possíveis fantasmas”, declara Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
Entre as temáticas de distribuição de renda e piso do brasileiro, foi destacado que o governo garantirá o reajuste dos salários aos aposentados, que serão corrigidos de acordo com a inflação, além dos direitos previdenciários aos trabalhadores. O fator previdenciário 85/95, em regra de progressividade, também foi debatido com as centrais. “Nós estamos abertos, apresentamos uma proposta de medida provisória de uma regra de progressividade, preservamos o 85/95, mas estamos abertos a discutir um padrão de progressividade, que crie o maior ambiente de acordo possível com o Congresso e com as centrais sindicais”, informa o ministro Miguel Rossetto.
A partir de uma ambiente democrático que o governo quer construir, novas agendas serão construídas. “Vamos abrir novas agendas que fazem parte da pauta das centrais sindicais. Vamos debater uma agenda de futuro do nosso país, uma agenda de desenvolvimento econômico e social”, enfatiza Rossetto.