FONTE: JAUNEWS
O pronto socorro da Santa Casa, conforme o vereador e médico José Aparecido Segura Ruiz, "não dá mais conta de uma cidade com 141 mil habitantes e ainda a região”. Ele conclamou o prefeito Rafael Agostini (PT) a reabrir o quanto antes o pronto-socorro municipal.
O Ministério da Saúde autorizou, conforme publicado no Diário Oficial da União do último dia 30, a atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) nos 12 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Jaú. A confirmação foi dada ontem pelo provedor do hospital, Alcides Bernardi Junior, e manifestada à noite na tribuna da Câmara pelo vereador e médico-chefe do Pronto Socorro do hospital, José Aparecido Segura Ruiz.
“O governo autorizou a UTI pelo SUS, mas agora, como me disse o provedor, é preciso montar a equipe que irá trabalhar. Isso vai demorar ainda alguns dias e a partir daí é que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde passará a ser dado também nesta unidade. Está difícil a contratação de profissionais médicos”, disse Segura.
Com os leitos agora autorizados pelo SUS, a Santa Casa passa a ter 44 leitos de UTI, com 31 para adultos e 13 para crianças. O número de leitos para adultos foi aumentado em 12 exatamente por conta da inauguração do Angiocor e das cirurgias cardíacas que já começam a ser feitas.
Se, de um lado, o governo autorizou a ampliação do atendimento de UTI pelo SUS, através da nova unidade que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha , participou da inauguração em 23 de março, o médico Segura queixou-se e muito da situação do pronto-socorro do hospital, “que não dá mais conta de uma cidade com 141 mil habitantes e ainda a região”. Conclamou o prefeito Rafael Agostini (PT) a reabrir o quanto antes o pronto-socorro municipal.
“O Pronto Socorro da Santa Casa tem que atender sozinho uma população de 141 mil habitantes. Ontem e hoje parece que metade da população procurou o pronto-socorro. Acumula tudo. Chega o Samu, tem emergência; chega o Resgate, tem emergência; chega a Centrovias, tem emergência; chegam ambulâncias de outras cidades e tem emergências. E fica difícil tocar. O pronto socorro está me deixando de cabelos brancos. Hoje cheguei lá às 6h e sai às 15h. Atendi praticamente 100 pessoas. Não acaba. A fila não termina nunca”, queixou-se Segura.
O médico e vereador defende a instalação de um pronto socorro ou pronto atendimento ali pertinho da Santa Casa, na praça Jorge Tibiriçá. “A Santa Casa está com o espaço esgotado. Você entra na Santa Casa e não consegue andar. O corredor tem maca, cadeiras, doentes, por todo lado. Tem doente tomando soro na cadeira, outro na cama. Fora isso, temos um número restrito de médicos plantonistas. Deve chegar mais um médico no dia 16, mas que só pode dar plantões em determinados dias.”, observou.
Segura defende que a parte velha do Hospital São Judas Tadeu, do lado da rua Sete de Setembro, poderia ter uma extensão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), ou com a Faculdade de Medicina de Botucatu. “Isso é possível politicamente. É só o prefeito conversar com essas instituições. Além disso tem que abrir o pronto socorro o mais rápido possível, porque mesmo que a gente queira colocar mais médicos no pronto socorro da Santa Casa não dá”, completou Segura.