Os diretores da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo manifestaram oposição à redução de salários dos trabalhadores prevista no Programa de Proteção ao Emprego (PPE), do governo federal.
Na opinião do presidente da entidade, Edison Laércio de Oliveira, a Medida Provisória 680, editada no dia 6 de julho, que institui o PPE, é meramente paliativa e não garante emprego aos trabalhadores. “O governo quer usar parte do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para pagar uma parcela do salário do funcionário. Esse dinheiro não pode sair de recursos do FAT, que deve ser utilizado como instrumento de políticas públicas de emprego, renda e qualificação profissional”, explica. Para ele, os recursos do FAT devem ser utilizados para benefício de todos os trabalhadores e não apenas de um setor. "Essa medida provisória visa o benefício da indústria e no final todos os trabalhadores vão ajudar a pagar essa dívida", avalia.
A medida ainda depende de debates no Congresso Nacional, onde a Federação, juntamente com a União Geral dos Trabalhadores, central sindical a qual é filiada, tentará fazer as correções que julgam necessárias, para que o trabalhador não saia perdendo.
“Nós sempre lutamos pela jornada de trabalho de 30 horas semanais para os profissionais da saúde, porém sem a redução de salários. Essa é uma batalha que continuaremos seguindo a todo custo”, pontua Edison.
Apesar de ainda ter de ser apreciada na Câmara dos Deputados e no Senado, a medida passará a valer no próximo dia 22.