A indústria nacional de equipamentos hospitalares e odontológicos deverá fechar o primeiro semestre com uma queda de demanda de 20% a 25% em relação ao mesmo período de 2014, segundo a Abimo (associação do setor).
O desempenho, que já vinha sendo pressionado pelo quadro econômico ruim do país, também será impactado pelos cortes do governo federal em seu orçamento.
"Entendemos que essa contenção de gastos públicos é uma necessidade, mas vai ter um impacto muito grande neste ano e ainda em boa parte de 2016", afirma Paulo Henrique Fraccaro, superintendente da entidade.
A área pública representa mais da metade das compras de artigos e equipamentos produzidos pelo setor.
"Se considerarmos as Santas Casas, que são entidades privadas, mas que atendem a uma grande demanda do SUS, a participação chega a 65%", diz Fraccaro.
Mesmo no mercado que envolve os hospitais privados e as operadoras de planos de saúde, o cenário tende a piorar por causa dos reflexos da crise no mercado de trabalho, na avaliação do executivo.
"Quem fica desempregado acaba perdendo o convênio médico. Esse público vai caminhar em busca de atendimento no SUS", afirma.
Em 2014, o setor registrou um faturamento de R$ 7,73 bilhões, um avanço de 11,7% em relação ao ano anterior. A produção física cresceu 9,1%. no mesmo período.
Fonte: Folha de S.Paulo