Fonte: Comércio do Jahu
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo em Jaú solicitou reunião com a diretora do Departamento Regional de Saúde de Bauru, Doroti Conceição Vieira Alves Ferreira, para discutir o provável fim dos atendimentos do Hospital Thereza Perlatti a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O encontro deve ocorrer na próxima semana, conforme a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde.
O defensor público Luiz Gustavo Fontanetti Alves da Silva recebeu relatório da direção do Perlatti que apresenta o deficit nos repasses de verbas do SUS. Para cada diária de R$ 90, a entidade é reembolsada em apenas R$ 42, aproximadamente.
Nos últimos dois anos, o hospital acumulou prejuízo de R$ 2,2 milhões, coberto com reserva própria, obtida por meio de doações e outras fontes. Por causa desse panorama, a direção do Perlatti anunciou que no dia 1º de maio pretende interromper os atendimentos do SUS, uma vez que a verba recebida da União não contempla as despesas com os serviços.
Alves da Silva diz que a Defensoria, em atenção à relevância dos serviços prestados à população e a falta de opções para substituir o atendimento e internações proporcionadas pela entidade, vai pedir que a DRS apresente uma solução que evite o término dos serviços.
O defensor declara que a primeira alternativa é via negociação, porém é possível que uma ação civil pública seja proposta contra o Estado de São Paulo e contra o Perlatti para obrigar a manutenção do atendimento.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado informa que está em andamento estudo para manter os serviços do hospital e que não se cogita que o Perlatti encerre a recepção de pacientes do sistema único.
Direção
O presidente da associação que mantém o hospital, Antonio Ruiz Martinez Filho, diz que encaminhou à Defensoria Pública todos os documentos que comprovam a defasagem nos repasses e espera ainda uma solução para o problema antes da data estipulada para encerrar os atendimentos do SUS. Ele reitera que o serviço terá de ser interrompido, caso não surja uma opção financeira viável. (PRC - Comércio do Jahu)