FONTE: COMÉRCIO DO JAHU
A Santa Casa de Jaú fechou, desde o fim de semana, o pronto-socorro infantil. As crianças do Município agora são atendidas em espaço criado dentro da urgência e emergência do hospital. Segundo a diretoria da entidade, o motivo do fechamento do pronto-socorro infantil é o impasse em relação ao repasse dado pela Prefeitura.
O provedor da Santa Casa, Alcides Bernardi Júnior, comenta que o hospital está tentando se adequar aos R$ 640 mil concedidos pelo Município, que, segundo a entidade, é insuficiente para o custeio da urgência e emergência.
Até o início de 2012, no entanto, a Prefeitura repassava R$ 500 mil para o hospital. A Santa Casa passou a receber R$ 640 mil por mês no começo do ano passado, quando iniciou os atendimentos do pronto-socorro infantil.
De acordo com Bernardi Júnior, o atendimento infantil dentro do pronto-socorro convencional é mais econômico porque evita a necessidade de manter dois espaços e precisa de menos funcionários. A reportagem apurou que em torno de dez profissionais que trabalhavam no pronto-socorro infantil foram dispensados.
“Até a Prefeitura idealizar o pronto-socorro municipal, temos de nos adequar à verba repassada. Só mudamos o local do atendimento infantil por questão de despesa. O espaço novo é ótimo, tem ar-condicionado e excelentes condições para as crianças”, comenta Bernardi Júnior.
Acordo
Na semana passada, a Prefeitura de Jaú informou que deve instalar ainda este ano pronto-socorro municipal, provavelmente no Hospital São Judas Tadeu, onde havia pronto-atendimento até novembro de 2011. A medida pode ser adotada por causa da falta de acordo financeiro entre a administração e a Santa Casa para a manutenção do serviço de urgência e emergência realizado atualmente pela entidade.
Audiência de conciliação, realizada no Fórum de Jaú na última quinta-feira, definiu que, se a Santa Casa e o Município não chegarem a acordo sobre a manutenção da entidade, o hospital poderá reduzir gradualmente o atendimento, com a proporcional redução do repasse, a partir do dia 1º de abril de 2013.
Para o secretário de Saúde, Gilson Scatimburgo, a Santa Casa deveria reduzir sua equipe e o atendimento somente a partir da data prevista em audiência. Ele afirma que desconhece a iniciativa do hospital de transferir o pronto-socorro infantil para o setor de urgência e emergência convencional.
“No que se refere à Prefeitura, nada mudou em relação ao que ocorria antes, pois o convênio continua existindo nos mesmos moldes. Se a Santa Casa fez esta mudança, é por sua conta e risco, a Prefeitura não está a par do assunto”, relata Scatimburgo.
(Flaviana de Freitas - WWW.COMERCIODOJAHU.COM.BR)
ABAIXO, MANIFESTAÇÃO DO PREFEITO RAFAEL AGOSTINI NO FACEBOOK
"Rafael Agostini
A Prefeitura repassa mensalmente R$ 640 mil para a Santa Casa e está pagando em dia. Se o atendimento não está funcionando adequadamente, as cobranças devem ser endereçadas ao senhor Alcides Bernardi Júnior, provedor do hospital, a quem cabem as responsabilidades de gerenciar os médicos, o RH, o Orçamento e estrutura física, inclusive no infantil. O telefone dele é 9754 9988. A Prefeitura vai abrir o seu Pronto Socorro justamente para superar esse modelo que não está dando certo. Não se atende a cidade inteira em um só lugar e não posso dar continuidade a uma política de Saúde que não deu vai bem."