O DIEESE divulgou dia 5 de junho os resultados da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada pela instituição em 18 capitais. Esta pesquisa, calcada em parâmetros constitucionais, mensura mensalmente o custo de uma cesta de alimentos com 14 itens básicos.
Em maio, a Cesta Básica ficou mais cara em 15 das 18 capitais onde a pesquisa é realizada. As maiores altas foram registradas em Fortaleza (5,42%) e Recife (4,90%). As capitais onde a Cesta Básica teve maior redução de preços foram Campo Grande (-2,05%) e Florianópolis (-0,38%).
Em maio, o custo da Cesta Básica apresentou um aumento de 2,43% no município de São Paulo e custou R$ 366,54. Com isso, São Paulo/SP passa a ser a capital do país com o custo mais elevado para os alimentos básicos. Na comparação com maio de 2013, o aumento foi de 7,16%. Desde o início do ano, os alimentos básicos já encareceram 12,01% em São Paulo.
Dez itens que compõem a cesta paulistana apresentaram elevação nos preços. Os produtos que mais encareceram, em maio, foram: tomate (18,97%), café em pó (3,34%) e óleo de soja (3,09%). As quedas de preço ficaram por conta da batata (-10,80%) e da banana nanica (-1,14%).
Em maio, para adquirir a Cesta Básica, o trabalhador que recebe um Salário Mínimo precisou gastar 55,03% de seu salário líquido (salário menos impostos) e teve que trabalhar 111 horas e 23 minutos.
A partir dos preços básicos, o DIEESE também apura o Salário Mínimo Necessário, ou seja, a remuneração mínima para que o trabalhador possa suprir os gastos de sua família com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transporte, higiene e lazer. Em maio, o Salário Mínimo Necessário ficou em R$ 3.079,71, ou seja, 4,25 vezes o piso nacional de R$ 724,00.
A nota de divulgação da Pesquisa Nacional da Cesta Básica está no site do Sindsaúde: http://www.sindsaudejau.com.br/dieese.php
LUIZ FERNANDO ALVES ROSA
Economista - DIEESE
Subseção Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo