O DIEESE divulgou dia 4 de abril os resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pela instituição em 18 capitais. Esta pesquisa, calcada em parâmetros constitucionais, mensura mensalmente o custo de uma cesta de alimentos com 14 itens básicos.
Em março, a Cesta Básica ficou mais cara em 16 das 18 capitais onde a pesquisa é realizada. As maiores altas foram registradas em Campo Grande(12,85%) e em Goiânia(12,61%). As retrações ocorreram em Manaus (-1,25) e em Belo Horizonte (-0,41%).
Em março, o custo da Cesta Básica apresentou um aumento de 8,03% no município de São Paulo e custou R$ 351,46. Com isso, São Paulo/SP é a segunda capital do país com custo mais elevado para os alimentos básicos, atrás apenas de Porto Alegre. Na comparação com março de 2013, o aumento foi de 4,52%.
A maioria, isto é, oito dos 13 itens que compõem a cesta paulistana, apresentaram elevação nos preços. Os produtos que mais encareceram, em março, foram: tomate (44,94%), batata (27,78%) e feijão carioca (14,28%). Os produtos com maior queda de preços foram: manteiga (-1,83%), café em pó (-1,11%) e açúcar refinado (-0,56%).
Em março, para adquirir a Cesta Básica, o trabalhador que recebe um Salário Mínimo precisou gastar 52,77% de seu salário líquido (salário menos impostos) e teve que trabalhar 106 horas e 48 minutos.
A partir dos preços básicos, o DIEESE também apura o Salário Mínimo Necessário, ou seja, a remuneração mínima para que o trabalhador possa suprir os gastos de sua família com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transporte, higiene e lazer. Em março, o Salário Mínimo Necessário ficou em R$ 2.992,12, ou seja, 4,13 vezes o piso nacional de R$ 724,00.