O DIEESE divulgou os resultados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pela instituição em 18 capitais. Esta pesquisa, calcada em parâmetros constitucionais, mensura mensalmente o custo de uma cesta de alimentos com 14 itens básicos.
Em maio, a Cesta Básica ficou mais barata em 12 das 18 capitais onde a pesquisa é realizada. Isso ocorreu porquanto no último mês a inflação dos alimentos apresentou forte desaceleração. É importante frisar que esta queda nos preços dos alimentos ocorreu no mês de maio e, portanto, não tem relação com a decisão do Banco Central de aumentar a taxa básica de juros, SELIC, para 8% ao ano.
Em maio, apesar da queda do custo (-0,65%), São Paulo continuou apresentando a cesta mais cara do país, custando R$ 342,05. No acumulado do ano, a cesta paulistana acumula alta de 20,57%.
Oito dos 13 itens da cesta paulistana apresentaram redução de preço. Os produtos com maior queda de preços foram o tomate (-10,64%), o açúcar refinado (-4,55%) e o óleo de soja (-0,25%). Por outro lado, alguns produtos encareceram de forma considerável no mês, batata (9,22%), feijão (6,04%) e leite (2,17%).
Em maio, para adquirir a Cesta Básica, o trabalhador que recebe um Salário Mínimo precisou gastar 54,84% de seu salário líquido (salário menos impostos) e teve que trabalhar 110 horas e 59 minutos.
A partir dos preços básicos, o DIEESE também apura o Salário Mínimo Necessário, ou seja, a remuneração mínima para que o trabalhador possa suprir os gastos de sua família com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transporte, higiene e lazer. Em maio, o Salário Mínimo Necessário ficou em R$ 2.873,56, 4,24 vezes o piso nacional de R$ 678,00.