FOLHA DE SÃO PAULO
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem aumento no auxílio financeiro a 117 Santas Casas e hospitais beneficentes do Estado, em cerimônia com tom político e fortes críticas à ação do governo federal na área da saúde.
Em discursos, ele, o secretário da Saúde, David Uip, e o presidente da Assembleia, deputado Samuel Moreira (PSDB), criticaram a falta de correção dos repasses aos hospitais feitos pelo SUS --o sistema de saúde administrado pelo governo federal-- e a forma como o Ministério da Saúde firma convênios.
Quando a gente vê essa tabela do SUS, que não se corrige, é uma forma de inviabilizar entidades", discursou Alckmin aos beneficiados. "Prioridade sem dinheiro é discurso, não é prioridade."
Em 2014, Alckmin deve ter como um de seus principais adversários na campanha pela reeleição o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). Por isso, vem ampliando a participação do tema em sua agenda, como forma de se contrapor à ofensiva pré-eleitoral do ministro petista.
O aumento dos repasses anunciado ontem por Alckmin vai complementar o valor pago pelo SUS por procedimentos realizados pelas santas casas e hospitais beneficentes. O Estado repassará um extra de 40% a 70% do valor que é pago pelo SUS para essas entidades, segundo características dos hospitais.
Com isso, o repasse do Estado para essas entidades deve saltar de R$ 222 milhões em 2013 para R$ 535 milhões em 2014, segundo a Secretaria de Saúde.