A Subseção Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo no DIEESE divulgou a edição de maio do Boletim TRABALHO NA SAÚDE. Neste mês, a análise alerta para a queda da dinâmica da geração de novos empregos na saúde privada paulista e nacional.
No caso da comparação nacional, o resultado de 12 meses já registra a sétima queda consecutiva do número de novos empregos gerados no setor. Na avaliação do economista Luiz Fernando Rosa “podemos estar vivendo um cenário de estagnação do emprego na saúde”
O boletim aborda os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED-MTE), buscando compreender as movimentações e tendências do mercado de trabalho na área de saúde privada. Além disso, são apresentadas informações relevantes para o dirigente sindical, tais como o cálculo das perdas salariais para categorias em data-base e a atualização monetária dos pisos da enfermagem propostos pelo PL 4.924/2009.
Acompanhe - Apesar do tímido desempenho da economia brasileira nos últimos meses, o nível de emprego do país ainda não preocupa. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo DIEESE, a taxa de desemprego total passou de 10,4% em fevereiro para 11,0% em março o que ainda representa um cenário de relativa estabilidade.
Entretanto, os dados do CAGED-MTE indicam um processo de deterioração do emprego formal, com carteira assinada. No primeiro trimestre de 2013, o Brasil foi capaz de gerar 264,8 mil novos postos de trabalho formal, pode parecer um número elevado, mas significa uma redução de 30,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2012. Na verdade, o desempenho na geração de empregos do primeiro trimestre deste ano só é melhor que o resultado de 2009, ano de pico da crise econômica internacional, quando foram fechadas 57,7 mil vagas.
Os maiores responsáveis pelo fraco desempenho na geração de empregos, no primeiro trimestre, foram os setores de comércio e agropecuária, os quais juntos fecharam 89,5 mil vagas. O destaque positivo ficou por conta do setor industrial que gerou 107,8 mil novos empregos nos primeiros três meses do ano, 82,1% a mais do que no mesmo período do ano passado. Ainda assim, o desempenho da geração de empregos na indústria está muito abaixo do verificado em anos anteriores.
No Estado de São Paulo, foram gerados 46,3 mil postos de trabalho formal, em março. Este resultado significa um recuo de 3,0% na comparação com fevereiro e 2% na comparação com março de 2012. O comércio foi o setor com pior desempenho no mercado de trabalho paulista, em março, fechando 1,1 mil vagas. Na comparação anual, o destaque foi a indústria de transformação. Em março, foram criadas 14,4 mil novas vagas na indústria paulista, frente a 5,4 mil em março de 2012, quase três vezes mais.
Em março, o setor de saúde privada criou 2.042 novas vagas no Estado de São Paulo, mais que o dobro das vagas geradas em fevereiro (956). Entretanto, na comparação com março de 2012 observa-se uma redução de 49,4%.
DESTAQUES
No 1º trimestre de 2013, Brasil gera 30,5% menos empregos formais que no mês no período de 2012. Desempenho só é melhor que o de 2009
Em março, saúde privada de São Paulo abre 2.042 novos empregos. Saldo de 12 meses continua caindo
Saldo do emprego, em 12 meses, apresenta a quarta queda consecutiva em São Paulo e a sétima no conjunto do país
Massa salarial da saúde privada encolhe R$ 2,4 milhões no 1º trimestre de 2013.
Em março, salário médio do profissional da saúde foi de R$ 1.475,78
Em março, “Técnicos e auxiliares de enfermagem” foi a ocupação que mais gerou emprego. Seis ocupações respondem por 79,6% das novas vagas
Piso salarial do Técnico de Enfermagem já deveria ser de R$ 2.952,29 segundo PL nº 4.924/2009
Categorias com data-base em 1º de maio precisam de reajuste 7,16% para repor as perdas com a Inflação
No 1º trimestre de 2013, Brasil gera 30,5% menos empregos formais que no mesmo período de 2012. Desempenho só é melhor que o de 2009
Obs.: O boletim completo pode ser visto neste site no link http://www.sindsaudejau.com.br/dieese.php