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Sindsaúde e mais sete sindicatos participam de abaixo-assinado contra decisões da Prefeitura de Jahu

Fonte: Comércio do Jahu

Diretores de sindicatos jauenses se reúnem para para unir forças e pedir revogação de aumento de IPTU e concessão do Saemja

Edna Alves, Sofia Borges e Arlindo Medeiros representaram o Sindsaúde no encontro realizado na sede dos trabalhadores da construção

Representantes de oito sindicatos de Jaú assinaram ontem pauta de reivindicações que será entregue ao prefeito Rafael Agostini (PT). As categorias cobram a revogação da lei que revisou a Planta Genérica de Valores em 40% e da que autorizou a concessão do Serviço de Água e Esgoto do Município de Jaú (Saemja). Os órgãos também pedem agilidade na efetivação da construção da nova unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) (veja quadro).
O prefeito afirmou à noite ao Comércio que está aberto ao diálogo, mas que não irá rever as iniciativas (leia texto).
Há expectativa de que outros sindicatos façam adesão à campanha. As categorias preparam abaixo-assinado coletivo, que reforçará os pedidos das classes. Eles cobram reunião com o chefe do Executivo para discutir os assuntos. Caso não haja acordo, estudam levar o assunto ao Ministério Público.
A reunião foi na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário, no Centro. Os sindicalistas criticam a aprovação das matérias em regime de urgência e reivindicam maior participação no processo.
“Nós não estamos acuando o prefeito, ele que acuou a população”, comentou a coordenadora da subsede de Jaú do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria de Lourdes Mantovani Pavan. Para Renato Pavan, da mesma entidade, “a população ficou indignada e parte dela tem manifestado isso semanalmente (na Câmara)”, disse o conselheiro da Apeoesp, que não descarta a distribuição de panfletos entre os trabalhadores.
Desde que as matérias foram aprovadas no mês passado, as sessões ordinárias do Poder Legislativo têm se dado sob intensos protestos. No encontro do dia 21, o presidente Roberto Carlos Vanucci (PT) declarou que não submeterá mais a votação projetos em regime de urgência, salvo exceções em que não houver polêmica.

Irredutível

A presidente do Sindicato dos Funcionários da Prefeitura, Autarquias e Empresas Municipais de Jaú (Sinfunpaem), Eliana Aparecida Contarini, cobra mais informações a respeito da situação dos funcionários do Saemja. “Nós estamos lançando um movimento para coletar assinatura dos servidores, a população está contrária a este posicionamento (...). Havendo uma irredutibilidade (do prefeito), o que nos restará será a Justiça”, afirmou a presidente.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Jaú e Região, Gilberto Vicente, recomendou que qualquer medida seja tomada após a reunião com o chefe do Executivo. Ele mencionou que cerca de 60% dos trabalhadores do Município estão representados nas entidades sindicais que apoiam a abertura de negociação com a Prefeitura. (João Guilherme D"Arcadia)

"A população vai reconhecer"

O prefeito Rafael Agostini (PT) disse ontem que pode receber os sindicalistas, mas que não irá rever as iniciativas de concessão do Serviço de Água e Esgoto do Município de Jaú (Saemja) e de revisão da Planta Genérica de Valores (PGV). O chefe do Executivo reafirmou que as medidas foram tomadas, sobretudo, para garantir investimentos no setor de infraestrutura.
“A população vai reconhecer a importância dessas medidas no futuro. Os próprios sindicalistas julgam que a cidade precisa de indústria e de emprego, mas ninguém vem para uma cidade em que falta água, que não tem asfalto e que não trata adequadamente seu lixo”, opinou.
Sobre a situação dos servidores da autarquia, Agostini reiterou que não há risco de os funcionários perderem a estabilidade.
O secretário de Economia e Finanças, Luís Vicente Federici, opinou que, no caso da concessão do Saemja, não há nada de concreto a ser revertido. “Tem que haver audiência pública, o edital nem começou a ser feito. O que existe é uma lei autorizativa.” (JGD)

NOTAS DA COLUNA FONTE LIMPA
• Efeito cascata
Parte dos sindicatos de Jaú entrou na briga contra as leis aprovadas recentemente pela Câmara e promete informar as bases sobre a concessão do Saemja e o reajuste no IPTU. Em reunião realizada ontem, os representantes demonstraram interesse em ouvir o prefeito, mas não querem outra resposta que não a revogação das matérias.

• Alijado
O sindicalista e vereador Gilberto Vicente (PS) foi questionado sobre o porquê de não cobrar, como legislador, a revogação das leis que passaram pela Casa em setembro. “Ninguém lá fala nada para mim”, se queixou o representante, segundo o qual muitos de seus projetos são retidos nas comissões.

• Resguardo
Durante o encontro, os sindicalistas sugeriram pedir a garantia do prefeito de que nenhum outro serviço será concedido na cidade. Como é sabido, a Prefeitura tem plena disposição em conceder a gestão dos resíduos sólidos no Município.








 
 
Sindicato da Saúde Jaú e Região
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