A plenária da Colônia de Férias Firmo de Souza Godinho, em Praia Grande, esteve lotada na noite de 29 de agosto para a abertura do 15º Encontro de Dirigentes Sindicais e Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo. Mais de 300 pessoas entre dirigentes e trabalhadores da saúde estiveram presentes para dar início aos debates acerca do tema sobre a influência das filantrópicas para a qualidade em saúde no Brasil.
O Sindsaúde de Jaú e Região participa do encontro com uma delegação chefiada pela presidente Edna Alves. A programação prossegue com debates até no sábado, quando será elaborada uma carta com os resultados das discussões e as propostas.
Vários especialistas estiveram presentes para falar sobre um problema que assola a saúde do povo brasileiro: a crise das Santas Casas e demais instituições filantrópicas brasileiras. Concordam que a saúde é um direito do ser humano e o governo tem que buscar alternativas urgentes para cuidar da saúde da população e salvar as Santas Casas. “Mas de nada adianta esquecer as dívidas das Santas Casas se não investir nos profissionais de saúde, para que eles tenham condições de atender à demanda com mais qualidade”, diz o médico, especialista em saúde pública, Gilson de Carvalho, destacando que o setor precisa é de mais recursos.
O deputado estadual Marco Aurélio Ubiali, que é da mesma opinião do especialista em saúde pública, destaca que para salvar as Santas Casas e devolver o direito à saúde para o povo brasileiro depende de todos. “A população tem que se unir e defender o direito à saúde, que é constitucional; só com união e luta é que conseguiremos salvar a saúde”, diz.
Outro especialista em filantropia, José Américo Borges, assessor de qualidade e relações institucionais, da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do estado de São Paulo (Fehosp), diz que a situação das Santas Casas é dramática e tem que se tomar medidas urgentes para não acabar fechando. Segundo ele, no Estado de São Paulo, ultimamente são cinco estabelecimentos fechados.
Ricardo Path, presidente da UGT; Canindé Pegado, secretário da UGT; também presentes na abertura do 15º Encontro falaram sobre a situação das filantrópicas e afirmaram acreditar que a luta para salvar a saúde é luta constante do povo brasileiro e das centrais sindicais. Os dois destacaram que a UGT vai continuar lutando para garantir saúde e vai cobrar que o governo crie alternativas para salvar as filantrópicas e atender os clamores da população para melhora da saúde, sem esquecer a importância de valorizar seus profissionais.
De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo, Edison Laércio de Oliveira, este encontro é a oportunidade dos dirigentes sindicais se aprofundarem num assunto de interesse da categoria e contribuir para encontrar soluções para salvar a saúde. “Sem uma boa política de saúde e investimentos adequados, não teremos saúde de qualidade”. Esta é uma oportunidade de nos unir para encontrar este caminho.