FONTE: JORNAL DA CIDADE/BAURU
Foi enterrado no último final de semana o corpo de Lydia Rubinelli, de 77 anos, segunda vítima fatal do incêndio ocorrido no último dia 29 de maio em uma casa de repouso localizada na Vila Assis, em Jaú (47 quilômetros de Bauru). O local não possuía alvará de funcionamento. Na ocasião, conforme divulgado pelo JC, Nilce Aparecida Jacomini, de 68 anos, morreu carbonizada (leia mais abaixo). Um inquérito foi instaurado para apurar o caso.
A idosa foi socorrida por funcionárias da clínica com queimaduras de primeiro e segundo graus e levada à Santa Casa de Jaú, de onde foi transferida para o Hospital Estadual de Bauru. Lydia morreu no dia 12, após 14 dias de internação. O corpo dela foi sepultado no último sábado, às 9h, no Cemitério de Jaú. O JC entrou em contato com a assessoria de imprensa do HE, mas a família da paciente não autorizou a divulgação de informações.
Lydia ocupava um dos quartos da casa de repouso particular, junto com outras duas mulheres. O local era considerado de alto padrão (a mensalidade variava entre R$ 1,4 mil e R$ 1,8 mil) e, no momento em que o fogo começou, abrigava 29 idosos. Segundo apurado pela reportagem na ocasião, as chamas tiveram início por volta das 2h20, horário em que duas técnicas em enfermagem trabalhavam na casa de repouso.
Alertadas por uma das idosas, que começou a gritar ao perceber o princípio de incêndio, as duas funcionárias entraram rapidamente no quarto, mas as chamas já haviam se alastrado. Elas conseguiram resgatar Lydia e uma segunda mulher antes da chegada do Corpo de Bombeiros, mas Nilce Aparecida Jacomini não teve a mesma sorte e morreu carbonizada. O corpo dela foi sepultado no Cemitério de Barra Bonita.
Outras seis pessoas, entre elas as duas funcionárias, também passaram por atendimento na Santa Casa. Após o incêndio, a casa de repouso, que não tinha o alvará de funcionamento emitido pela prefeitura e nem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), foi interditada pela Defesa Civil de Jaú. Os idosos foram transferidos para dois imóveis alugados emergencialmente nos jardins Alvorada e das Paineiras.
Investigação
A Polícia Científica realizou a perícia no local e a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. Uma das hipóteses investigadas é de que o incêndio tenha sido causado por um cigarro. Na ocasião, o advogado da casa de repouso, Antonio Orselli, contou que as funcionárias teriam visto cigarro e isqueiro no quarto atingido pelas chamas.
http://www.jcnet.com.br/Regional/2015/06/morre-2a-vitima-de-incendio-em-jau.html