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Especialista em marketing político prega engajamento dos dirigentes para que direitos da enfermagem sejam respeitados

“Uma categoria tem de ter voz no parlamento. Se não tiver, não terá suas necessidades atendidas. Se não estiver no parlamento está excluída”, sentencia Sérgio Trombelli, assessor do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Unimed (NAE), especialista em marketing político e professor universitário. Ele esteve sábado (25) no 14º Encontro de Dirigentes Sindicais e Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo.

Ele lembrou a origem do Partido dos Trabalhadores (PT), criado pelo movimento sindical para ser o braço político na defesa dos trabalhadores. “Os embates cotidianos ocorrem via política. A única forma de avanços é por meio de leis”, diz, lembrando do conservadorismo que domina o Congresso Nacional e da pouca representatividade dos sindicatos.

“O parlamento representa empresas, bancos, telefonias, ruralistas... Precisam de trâmite no governo, por isso elegem seus deputados.” Trombelli fala que as corporações, como sindicatos, também precisam ser representadas. A própria Unimed, para quem faz consultoria, age desta forma para eleger seus médicos representantes.

O “marketeiro” reiterou que é o governo que gerencia os recursos provenientes dos tributos. E é o Legislativo que cria as leis conforme os interesses dos políticos eleitos. “Quem não está no colégio de leis está fora.” Sérgio Trombelli foi enfático ao dizer que todos os dirigentes de sindicatos da saúde são capazes de ter voz.

“Podemos estar em qualquer lugar. Vocês são líderes de região. Para ter voz basta vencer a eleição.” Ele chegou a imaginar o cenário de um deputado federal de cada Estado eleito por trabalhadores da saúde e representando a categoria. “O trabalhador da saúde seria respeitado.”

Grupo-tarefa - Consultor responsável pela estratégia da maior operadora de plano de saúde do País, Sérgio Trombelli recomendou à Federação dos Trabalhadores da Saúde de São Paulo para que crie um grupo-tarefa para cuidar da política da categoria, inclusive com a doutrinação dos trabalhadores sobre a importância de ser representada por gente da classe.

Ele vai além e diz que é possível atuar politicamente desde já, mesmo sem vereador ou deputado da categoria. Sugere buscar um político e propor apoio em troca de representatividade da categoria. “Eles (políticos) só respeitam o poder econômico e quem tem poder de voto. Abra canais com deputados.” Trombelli avisa que o sindicalista precisa estar na vida política partidária, mas não pode subordinar sua categoria a um partido.

 
Fonte: http://www.federacaodasaude.org.br
 
 
 
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